O primeiro sanatório para tuberculosos no Brasil

Lydia de Rezende não tem sido lembrada e reverenciada por uma nova Piracicaba na justga medida de tudo de grande que fez por nossa terra. O Sanatório São Luiz é obra dela. Lydia liderou a iniciativa e O sanatório São Luiz, constituído através de uma sociedade de médicos e benefeitores, foi apontado por muitos historiadores como o primeiro a ser construído no Brasil expressamente para atender a tuberculosos. Sua planta foi assinada pela engenheiro Augusto Fomm, a partir de orientações técnicas apresentadas pelo então diretor do serviço sanitário do Estado, Emílio Ribas, em 1904.

Sua construção envolveu realmente a doação de dezenas de pessoas da cidade. Toda a madeira necessária foi doada por João Baptista da Rocha Conceição, irmão de Lydia, filho do Barão de Rezende; uma olaria foi montada pela atender a necessidade de produção dos tijolos, próximo a área onde o sanatório seria construído; em vários locais da cidade, caixas de doação foram instaladas, como farmácias, hotéis, fábricas.

Lydia de Rezende se distinguiu pela promoção de festas e quermesses em busca de fundos, enquanto seu pai, o Barão de Rezende, já idoso, acompanhou pessoalmente a preparação do terreno e a derrubada da mata que ainda existia na Avenida Barão de Serra Negra, onde o sanatório seria edificado. Em sua busca de recursos, Lydia chegou a enviar correspondência a fazendeiros paulistas, lembrando que o sanatório iria abrigar tuberculosos indigentes e pedindo a doação de pelo menos uma saca de café, que seria armazenado em Santos e comercializado pela Malta & Cia, para que então os fundo viabilizassem o início das atividades do hospital.

Relato minucioso ficou registrado na Revista Santa Cruz, de dezembro de 1913, que o descreve como estando localizado em área ” cercada de árvores aromáticas e uma vista belíssima sobre o rio em um alqueire já demarcado em terras doadas pela família Rezende, numa altitude de 517 metros acima do mar.” Capacidade de atendimento: 30 doentes, quartos em número de 16, galeria de cura toda envidraçada com 71 metros de comprimento e 6 de largura.

As outras acomodações eram um refeitório com 112 m2, rouparia, cozinha, copa, quartos para criados, quartos para administração, sala de jantar, capela, casa para lavanderia e estufa, abastecimento de água vindo diretamente de uma fonte da região. A administração foi entregue a seis freiras portuguesas ligadas à ordem das Irmãs Hospitaleiras.

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