O primeiro sertanista que se perdeu nas matas piracicabanas

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Bússola. (imagem de Oberholster Venita, por Pixabay)

O sertanista Teotônio José Zuzarte foi um dos desbravadores dos sertões paulistas. Nos anais do Museu Paulista, há um “Diário de Navegação do Rio Tietê”, datado de 1769, em que aquele desbravador registra, com minúcias, as suas aventuras. Zuzarte narra a sua chegada à barra do rio Piracicaba – “Piracicaba que quer dizer em portuguez rio onde sobem os peixes”. Um certo Francisco Barbosa já esperava a comitiva de sertanistas, que – com a data de dia 17, sem referir-se ao mês – passou a tarde naquele pouso. Saíram de seus barcos, descansaram e foram caçar, segundo o relato.

Então, um certo Apolenário da Silva, soldado da Praça de Santos, acabou desaparecendo nas matas de Piracicaba. Foi a única baixa da comitiva que, mesmo assim, insistiu em recuperar o desaparecido, com “práticos” que foram pelo mato e que deram tiros da canoa para chamar a atenção do soldado. Segundo Zuzarte, Apolenário da Silva “se achava já disposto a ficar no matto”. A comitiva foi embora, Apolenário ficou. Isso em 1769. A história leva a imaginação a criar romances.

[Este conteúdo foi publicado no “Almanak de Piracicaba”, editado pelo jornalista Cecílio Elias Netto, do jornal impresso “A Província”, que circulou como suplemento do jornal “A Tribuna Piracicabana”. Para este projeto, foram elaborados vários fascículos ao longo do período de novembro de 1995 a agosto de 1997.]

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