Os cartões da “Casa Conceição”

O texto abaixo foi publicado em dezembro de 1987 no semanário impresso A Província. Preservamos datas, idades, comentários e gramática originais do texto.

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Francisco Rodrigues Conceição foi uma enormidade de gente. Uma figura humana tão importante à Piracicaba, que por paradoxo, que nos fala Max Nordau foi esquecida pelos poderes executivo e legislativo locais. Pelos caipiracicabanos também.

Ele era o proprietário da “Charutaria Casa Conceição”, que esteve, primeiro, junto ao “Hotel Central” pela Rua Moraes Barros: depois, na esquina da Rua São José com a Praça 7 de Setembro (José Bonifácio) atual.

Numa e noutra havia propaganda dos cigarros “Castelões” cuja marca registrada era um sol radiante.

Existia, também, à venda, charutos de todos os formatos. À época junina ele vendia balões, fogos de artifícios.

Mas o fundamental para a Memória (Fotográfica Piracicabana) é que ele teve a genialidade de mandar fotografar todos os lugares da cidade, que formaram uma portentosa coleção de vistas em cores preta e verde.

Fê-lo há mais de 55 anos entre 1925-1930.

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Alguns dos cartões postais fixavam: o “Largo do a “Cadeia Pública”, a “Curva do Almirante”, o “Jardim da Ponte”, a “Chácara Dr. Kok” (Pq. N. S. da Conceição), a “Matriz de Vila Rezende” (l ? projeto de Ramos de Azevedo, estudante, ainda, em Paris), o “Bosque do Cemitério” (atual Estádio), o mercado, o matadouro, a ponte, os repuxos municipais etc…

Os cartões, realmente, eram postados no correio por visitantes, que nesta urbe compareciam. Compravam-nos os hóspedes do “Hotel do Janjao” (Central), do “Lago” (onde está o “Cel. Barbosa”) e até do “Giardineira”.

Desse modo ele divulgava Piracicaba, que por contradição era fim de duas (02) Estradas de Ferro e possuía uma Escola Agrícola, que dava uma contribuição de (20) agrônomos anualmente.

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