Protestos contra aumento do cafezinho

O tradicional cafezinho, em Piracicaba, se transformou em tema de polêmica quando, em 1954, a Comissão Municipal de Abastecimento e Preços autorizou a troca das xícaras então utilizadas nos bares, de 35 cc, por outras de 50 cc. É que, com a troca, também se autorizou a elevação dos preços. Enquanto a primeira era cobrada a Cr$ 0,40 para o café previamente adoçado e a Cr$ 0,50 para o café a adoçar, a nova medida passava a custar Cr$ 1,00.

Foram vários os protestos , indicando que as vantagens – óbvias – eram apenas para os vendedores. Menos de um mês após a majoração, quatro dos seis membros da Comissão estavam demissionários, garantindo que era impossível fazer um controle de preços na cidade. Na justificativa, até o caso do cafezinho foi utilizado, quando o grupo garantia ser impossível desempenhar sua função, “tendo em vista os constantes pedidos de aumentos dos gêneros e serviços, tal como aconteceu com o nosso precioso cafezinho, tão duramente atingido pela alta do café torrado, e até pela água da torneira”.

É que, no mesmo período, também a tarifa de água da cidade sofrera reajuste, amplamente debatido pela Câmara e pela população, que reclamava dos novos valores.

 

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