Uma foto histórica: Pacheco e Chaves, com Ulisses e Arraes

Pacheco Chaves

Nesta foto, hoje histórica – João Pacheco e Chaves, Ulisses Guimarães e Robson Marinho –, registra-se o retomo de Miguel Arraes ao Brasil, depois de um exílio de mais de 10 anos.

Quando falamos de liderança política nacional em Piracicaba, falamos também de João Pacheco e Chaves, que, por mais de 40 anos, teve projeção na política brasileira. Amigo pessoal de Juscelino Kubitschek, de Ulisses Guimarães, de todos os grandes vultos que fizeram a história brasileira na segunda metade do século, João Pacheco e Chaves levava Piracicaba em suas andanças.

Em 1979, quando o Brasil iniciava a sua reabertura democrática – com o retomo dos primeiros exilados – João Pacheco e Chaves, ao lado de Ulisses Guimarães, percorria o país com a caravana da liberdade. Nesta foto, hoje histórica – João Pacheco e Chaves, Ulisses Guimarães e Robson Marinho –, registra-se o retomo de Miguel Arraes ao Brasil, depois de um exílio de mais de 10 anos. A foto foi proibida por muito tempo, pelos órgãos de repressão.

Nesse mesmo período, Piracicaba, na administração de João Herrmann Neto, era vista como a Cidade da Democracia, já que aqui se realizavam os principais atos de resistência à ditadura.

Piracicaba, grande força política no país

 Piracicaba sempre foi uma cidade de grande força política, de grande prestígio, desde o Império, no nascer e ao longo da República. Não falaremos de Nicolau de Campos Vergueiro, o Senador Vergueiro, do Marquês de Monte Alegre, dr. José da Costa Carvalho, Presidente da Província, fundador de jornais, plantadores de uma história.

De Piracicaba, saíram um presidente da República, Prudente de Moraes; dois governadores de Estado, Sebastião Nogueira de Lima (por pouco tempo) e Adhemar de Barros; secretários da Educação (Sud Mennucci, Thales de Andrade; da Agricultura (Paulo Moraes Barros Filho, Walter Ramos Jardim); da Cultura, João Pacheco e Chaves; ministros (Hugo de Almeida Leme – da Agricultura; Francisco de Castro Neves – do Trabalho). Esses, apenas alguns, rapidamente lembrados, de memória.

A presença piracicabana na política de São Paulo e nacional, no entanto, sempre foi marcante, razão porque esta cidade – com homens de prestígio e com trânsito – encontrou os seus melhores momentos, quando maior foi a sua influência. Para se ter uma pálida ideia, vejamos a influência de Piracicaba, por exemplo, no longínquo ano de 1915. No governo de São Paulo, era Secretário da Agricultura, o piracicabano Paulo de Moraes Barros Filho; e líder da Assembleia Legislativa, o também piracicabano dr. João Sampaio; além de termos o deputado Antonio de Moraes Barros.

Na Câmara Federal, naquele ano de 1915, o líder da bancada paulista era o piracicabano Cincinato Braga. E tínhamos dois deputados federais: Prudente de Moraes Filho e Álvaro de Carvalho. Neste ano de 1996, o prestígio político de Piracicaba está limitado a termos recebido, do Governo de São Paulo, uma Cadeia, um depósito de presos, que está destelhado, na estrada Piracicaba-Limeira.

[Este conteúdo foi publicado no “Almanak de Piracicaba”, editado pelo jornalista Cecílio Elias Netto, do jornal impresso “A Província”, que circulou como suplemento do jornal “A Tribuna Piracicabana”. Para este projeto, foram elaborados vários fascículos ao longo do período de novembro de 1995 a agosto de 1997.]

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