Velhas fotos, velhas paisagens

O texto abaixo foi publicado em fevereiro de 1988 no semanário impresso A Província. Preservamos datas, idades, comentários e gramática originais do texto.

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Estas velhas fotos são de 1933! A fisionomia de Piracicaba evidentemente era outra, como evidentemente outros eram os métodos de trabalho para a abertura de ruas, que é o que estas velhas fotos registram. As carrocinhas de tração animal, bem como o famoso fordinho 29 estão presentes. Já existiam ruas ou trechos de ruas calçadas e o saudoso (ainda para muitos) bondinho tintintava por algumas delas. Mas as velhas fotos— cujo autor, para minha memória, infelizmente se esconde no anonimato — falam muito mais do que quantas palavras se queira escrever sobre elas.

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A avenida Paulo de Morais passando pela Benjamin. À direita, na esquina, naqueles tempos a Padaria e Confeitaria Paulista (de Olímpio Barsotin), como consta do letreiro da fachada do prédio. À esquerda, uma antiga bomba de gasolina na calçada, em frente à casa comercial de João Elias; o último prédio que aparece foi depósito de adubos. Lá pra frente, ainda à esquerda, foi construída a Garagem Municipal, o primeiro quartel do Corpo de Bombeiros e a sede do Tiro de Guerra. No leito da avenida, calçada até a Benjamin, os trilhos do bondinho.

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Este outro trecho da avenida Independência, perto da Escola Agrícola. Me perguntaram se a pessoa que aparece ali de branco (e também na outra foto ao lado do fordinho) não seria o saudoso dr. Samuel de Castro Neves. Creio que não, E mais possível que seja um dos prefeitos-interventores da época: Ignácio da Cunha Caldeira, cuja interventoria terminou em 21.10.33, ou o coronel Joaquim Norberto de Toledo, cuja interventoria começou em 24.10.33.

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A rua Santa Cruz saindo da avenida Paulo de Morais (olha lá o fordinho 29!).

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Mais dois trechos da avenida Independência cortando o matagal de então. 

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Outro trecho da rua Santa Cruz, o pessoal da casa (de quem seria a residência?) fazendo pose para o fotógrafo. 

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Na costa desta foto está apenas escrito: “1933 – A Independência”. Mas o que nela chama a atenção são as carrocinhas (seriam basculantes?) e o pessoal (até alguém com vassoura na mão) demonstrando trabalho. Lá na frente o fordinho, como vigia.

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A avenida Independência cortando a Morais Barros, ao lado do Cemitério da Saudade. Onde aparecem a casa e as árvores, hoje existe o Estádio Barão de Serra Negra.

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