Joca Adâmoli

João Egydio Adâmoli – o Joca Adâmoli – nasceu em Piracicaba em 17 de outubro de 1911. Pintor de paredes, tímido, tornou-se o “primeiro pintor modernista da região de Piracicaba”, artista completo.
Diferentemente da maioria dos pintores, Joca Adâmoli começou os estudos de pintura relativamente tarde, aos 19 anos. E Frei Paulo de Sorocaba, como ocorreu para tantos outros artistas piracicabanos, foi também seu mestre. Em 1941, Joca faria a sua primeira exposição individual em Piracicaba e, com ela, marcaria o início da sua e da própria pintura contemporânea de Piracicaba. A sua arte, em contraste à dos que cultuavam as chamadas “belas artes”, provocou reações entre os acadêmicos, fazendo com que o tímido Joca Adâmoli se recolhesse ainda mais.
Dois grandes agentes culturais e artísticos encarregaram- se de tornar Joca Adâmoli conhecido e admirado por sua arte combatida por círculos fechados: João Chiarini, que organizou a sua primeira exposição, com 53 trabalhos, e o artista plástico Ermelindo Nardin, criador do Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba, que, em sua versão primeira, homenageou Joca, em 1967. Paisagista emérito, Joca Adâmoli como que se refugiou nas paisagens que reproduziu, junto a afrescos e naturezas mortas.

Joao Egydio Adamoli - Paisagem - OSE - 52x64 - s/d

Joao Egydio Adamoli – Paisagem – OSE – 52×64 – s/d

Prêmios e salões
Adâmoli nunca tomou a iniciativa de participar de salões. Foram os amigos que o levavam a apresentar sua arte. Os prêmios não o interessam, Joca não os buscava. No entanto, foi um dos mais aplaudidos de nossos artistas, com sua obra tornando-se parte magnífica de acervos particulares e de museus, no Brasil e no exterior.
A partir de 1974 ele começou a expor individualmente no Rio de Janeiro, estimulando-se ao ver sua obra reconhecida. Participou, de 1948 a 1973, dos Salões Paulistas de Belas Artes, dos Salões de Belas Artes (1953 a 1974), de Arte Contemporânea (1967 a 1975) de Piracicaba, de salões em Rio Claro, Jaboticabal, Santa Bárbara e Salão dos Artistas Nacionais em 1970. Participou de exposições coletivas no Rio de Janeiro, Toronto (Canadá), Salvador, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, mostras na Alemanha.
Foi premiado com Prêmio Aquisição, medalha de bronze e de prata no Salão de Belas Artes de Piracicaba e no Salão Paulista de Belas Artes, Prêmio Prefeitura de São Paulo e Prêmio Governador do Estado. Após sua morte, houve mais cinco exposições de seu trabalho.
Joca Adâmoli morreu em 10 de fevereiro de 1980, um mês antes de sua exposição na Galeria Bonino, do Rio de Janeiro, que comemoraria seus 50 anos de pintura.

(Fontes: “Dicionário Piracicabano de Artistas Plásticos”, de Francisco A. F. de Mello, Edição Ação Cultural de Piracicaba, 1999. Ilustrações: Anuário dos Artistas Plásticos de Piracicaba”, Projeto Suzane Thame Guttierrez, Vários Organizadores, Editoral Iqual, 2000.)

1 comentário

  1. monitornews.blog » O aconchego do lar em 09/08/2014 às 01:49

    […] falar em pintura, pintor, lembrei-me do meu vizinho na infância, o  Joca (Egydio) Adâmoli, irmão do meu tio Carlos, casado com Ida, irmã do meu […]

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