Os conhecidos como grandes sovinas de Piracicaba
Havia uma senhora cujo filho estava muito doente. Os grandes médicos de então, Dr. Lula, Dr. Samuel, Dr. Cera, já não lhe davam mais esperança de cura, quando alguém lhe sugeriu o LazinhoTabaréu, conhecido benzedor da cidade.
Após lhe expôr todo o caso do menino, a quase desesperada mãe recebeu o remédio e a receita: uma garrafa de água-benta e a seguinte explicação de Lazinho: “A senhora dê pro menino, de hora em hora, uma colher dessa água-benta. Mas dê colher de sobremesa, não de sopa, porque o menino ainda é pequeno. Ao mesmo tempo que lhe puser a colher na boca, fale o nome de três pessoas que a senhora conheça e que sejam reconhecidamente “mão-de-vaca” , “pão-duro” mesmo”.
A mulher voltou para casa e passou o resto do dia seguindo religiosamente a prescrição do benzedor. Mas, em vez de melhorar, o menino foi piorando cada vez mais, até que ao amanhecer, morreu. Desesperadamente a coitada voltou à casa de Lazinho Tabaréu para descarregar nele toda sua revolta.
– Mas como? A senhora seguiu direitinho tudo o que eu mandei? – espantou-se o homem.
“Segui sim, respondeu ela. De hora em hora dei pro menino uma colher de sobremesa da água-benta e falei o nome de três sovinas que conheço. E o coitadinho morreu…”
Intrigado, Lazinho Tabaréu, que tinha plena confiança no sucesso de suas receitas, simpatias e benzeduras, indagou: “A senhora falou o nome de quem?”.
“Lineu Krãhenbühl, Vevé Botelho e Joaquim Camargo”, respondeu a mãe.
“Taí, retorquiu o benzedor. Foi a senhora que matou a criança. Deu logo pro coitadinho uma dose pra cavalo!”.
só hoje tomei conhecimento de Ä PROVINCIA ,muito bom,resgata com humor a historia de nossa cidade. parabens Cecilio,vou me tornar leitor diario de a Provincia