Cantigas de Roda

Cantigas de Roda

 Sempre de Meninas. Raros meninos. Roda simples, sem outra qualquer novidade. Apenas girando.

 Todas estas cantigas de roda foram assistidas pelo anotador desta obra na década de 60, em Piracicaba.

a) Senhora Dona Sancha.

Coberta de ouro e prata.

Deescubra o seu rosto.

Que eu quero ver a sua cara.

Que anjos são esses

Que vivem me rodando?

De noite e de dia

Rezando Ave-Maria?

b) (Dentro da roda fica uma menina)

As da roda cantam:

Onde vais, Anita?

Ó Anitazinha.

Entrarás na roda.

E dançarás sozinha.

A do centro:

Sozinha eu não danço (ou fico)

Nem hei de dançar (ou fico)

Porque tenho a (nome de uma menina da roda)

Para ser meu par.

Todas, estendendo os pés:

Ponham, ponham seus pezinhos.

Bem juntinho com os meus.

E depois não vá dizer

Que você se arrependeu.

c) O castelo pegou fogo.

São Francisco deu sinal.

Acuda, acuda, acuda.

A bandeira nacional.

O (nome de uma pessoa) bateu horas.

O relógio bateu duas.

Está chegando a hora.

De meu bem sair da rua.

d)  A moda das carranquinhas

É uma moda estrangulada.

Faz a gente ficar com medo.

Faz a gente ficar pasmada.

Param a roda

Fulana, sacode a saia. (sacodem sa saia)

Fulana, sacode os braços (sacodem os braços)

Fulana, tem dó de mim.

Fulana, me dá um abraço.

Também chamada “das tais anquinhas”. Várias cersões em Rosa Amarela, de Laura Della Mônica.

e) Roda parada. Sem darem as mãos. Batendo palmas.

I – Lá vem “seu” Juca-cá.

De perna torta-tá.

Dançando valsa-sá.

Co’a a Maricota-tá.

Havia um pastorzinho

Que vivia a pastorar.

Saiu de sua casa

E pos-se a cantar:

Do ré mi fá-fá-fá.

Do ré dó ré-ré-ré.

Do sol fá mi-mi-mi.

Dó ré mi fá-fá-fá.

II – Dango, dango, dango, morena.

É de carrapicho.

Vamos jogar a (nome da menina)

Na lata do lixo.