Riquezas folclóricas do café
O café (“coffea arabica”) já era conhecido no Brasil no Século XVIII, tendo grande expansão a partir do XIX. Com o açúcar, tornou-se parte essencial da economia brasileira e, também, da alimentação, dos costumes, influindo na cultura nacional de maneira determinante. Ao café, desde o início, deram-se propriedades que ultrapassaram os de uma planta ou bebida. Tornou-se afrodisíaco, medicinal, estimulante, nutritivo. Em torno dele, criou-se um riquíssimo folclore que, ainda, subsiste na cultura caipira.
Medicina popular
Para azia: comer nove grãos de café torrado;
Para bronquite: torrar pó de barata com café, sem a pessoa saber; ou pingar três pingos de sebo de carneiro no café, esfregando-o peito;
Para cólica: café amargo com canela;
Para cansaço: ferver nove folhas de café e, depois, tomar banho com a infusão;
Para dor de barriga: uma xícara de café com 3 gotas de querosene;
Para dor de cabeça: passa-se café com vinagre na testa e bebe-se o líquido;
Para gripe: café com limão e álcool;
Para ouvido: se, por causa da gripe, a pessoa estiver meio surda, pinga-se uma gota de café bem quente no ouvido;
Para tosse: café com sal.
Superstições
Para ficar rico, deve-se tomar café sentado.
Para marido ser fiel, deve-se coar café na combinação ou camisola da esposa.
Se mulher grávida tomar café amanhecido, a criança nasce prematura.
Para escurecer os cabelos, deve-se lavá-los com borra de café.