Há 50 anos, o título: “Município Mais Progressista do Brasil”
Neste ano 2007, completam-se 50 anos de quando Piracicaba conquistou um dos seus títulos mais dignificantes, o então de “Município Mais Progressista do Brasil”, em pleno governo de Juscelino Kubitschek e na admnistração municipal de Luciano Guidotti. Foi um acontecimento que encheu de orgulho o coração dos piracicabanos, revelando o ímpeto que Piracicaba tomara, num Brasil de desenvolvimento acelerado nos tempos de ouro de JK, na grande arrancada promovida por empresários e homens públicos. O povo piracicabano foi parte fundamental nessa conquista, com sua iniciativa, seu entusiasmo, talento e esforços.
O título foi alcançado num concurso nacional promovido anualmente que, à época, tinha grande repercussão em todo o Brasil. Era um galardão das poucas cidades que o conquistaram. Com Luciano Guidotti, Piracicaba chegou lá.
Naquele ano, Piracicaba revelava índices que mostravam o seu crescimento, para muitos preocupante à época. Nos anos posteriores, até meados dos 1970, o desenvolvimento continuou acelerado. Em pesquisa feita para o Memorial de Piracicaba 2002/03, a jornalista Beatriz Elias alinhavou alguns dados, também mostrando o preço do progresso:
“…em 1956, a cidade possuía 13 mil prédios; em 1962, eles chegaram a 17 mil. No período de apenas um ano, foram asfaltados 50 quarteirões e o consumo de energia subiu de 7.023.965 km/h, em 1953, para 37.134.281 kw/h, em 1954. Em 1957 inaugurou- se, ainda, o primeiro prédio de apartamentos da cidade, o Georgetta Brasil, com sete andares, próximo à Praça José Bonifácio. Ao lado do progresso, também os primeiros sinais do crescimento, com a primeira favela, a do Algodoal, surgindo em 1961.
O preço do progresso também começou, desde então, a ser questionado. O Conselho Coordenador das Entidades Civis, criado neste período, já em 1955 fez um alerta aos políticos e dirigentes locais contra” o crescimento caótico e desordenado da cidade”.