Memória – Centro Cultural Martha Watts (19)
Reproduzimos, em capítulos, um pouco da história da missionária metodista norte-americana Martha Watts e do Colégio Piracicabano – trajetórias que influenciaram a educação do Estado de São Paulo, no final do século XIX. Este conteúdo foi reunido em publicação de junho de 2003, que comemorou a inauguração do Centro Cultural Martha Watts.
Erosão, poluição externa, tempo. Esses são apenas alguns dos inimigos da alvenaria, que estava bastante comprometida. Depois de alguma pesquisa, Marcelo Cachioni adaptou o método de uma restauradora americana. A técnica consiste em retirar a camada desgastada do tijolo, escavar cerca de um centímetro, aplicar massa de cimento e depois pintar. Mas isso não atendeu às expectativas. “Fizemos, então, uma massa com cimento, cal, areia e saibro, além de uma mistura de corantes para definir o tom. Foi difícil achar a fórmula do processo, mas quando conseguimos…”
O trabalho estava só começando, entretanto. Onde foi preciso, o procedimento era aplicado em cada tijolo, um a um, numa atividade que se estendeu ao longo de toda a obra de restauro, cerca de dois anos. E a mão-de-obra foi caseira. Os próprios pedreiros do IEP foram capacitados pela equipe técnica do restauro.
Janelas perdidas na década de 40
Talvez a maior intervenção tenha sido nas mais de 100 janeIas do prédio, um total que considera a duplicidade de cada uma das peças, composta por uma veneziana e uma vidraça. Na década de 40, todas foram trocadas por vitrôs basculantes, atendendo a uma legislação estadual, acredita Cachioni – lembrando que todas as escolas estaduais tiveram suas janelas trocadas nessa época.
Foram identificados cerca de 17 modelos de janela, alguns com apenas pequenas variações, incorporadas de acordo com a proposta de cada projeto de reforma, inserido em sua época: arco pleno, bandeira reta… As medidas variam de 1,20m a 1,60m. Algumas janelas remanescentes foram encontradas no anexo, constituindo-se no modelo para reprodução.
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