Monumento a Mário Dedini

Em 1960 era anunciada a construção do monumento a Mário Dedini.

Artigo de Cecílio Elias Netto, na Revista Mirante nº 39, falava sobre a homenagem.

Monumento a Mário Dedini: Poesia e Escultura

Texto de Cecílio Elias Netto

 

Morrone é artista. Artista célebre.

Morrone faz poesia em escultura.

Eu quero ver poesia no jardim onde passeio com minha noiva. E’ poesia mesmo: em granito e bronze.

Os clichês são a maqueta do monumento. O original é um poema escultural para enfeitar o jardim de minha cidade. E homenagear um homem de bem.

O monumento mostra a obra de Mário Dedini. Açúcar, ferro e aço estão na exedra. Tem a forma de um cone que se eleva aos ares, num grito de pujança, não só do homenageado, como da capacidade de nossa gente.

Na praça, há Luiz de Queiroz.

Virá Mário Dedini. São poemas saídos da mesma alma criadora de Morrone. Luiz de Queiroz e Mário Dedini ficarão ombro a ombro, plano a plano. Um, o que viu o o futuro que hoje é a nossa realidade.

O outro, que vê a realidade que será o nosso futuro.

Na Revista Mirante de número 41, a Comissão do Monumento a Mário Dedini lançava edital concurso de legendas. A escolha seria feita seguindo as cláusulas:

“1a) – As legendas versarão sobre quaisquer aspectos da vida e obras de Mário Dedini. Deverão ser inéditas: escritas na língua do país.

2a) – As legendas apresentadas a concurso deverãoter o mínimo de palavras, datilografas em formato papel ofício, de um só lado, com dois espaços, em sete vias

3a) – As legendas deverão ser enviadas com pseudônimo, acompanhadas de um envelope fechado e lacrado que conterá o nome e residência do autor.

4a) – Cada concorrente poderá apresentar apenas uma legenda.

5a) Salvo a exceção indicada na c1áusula anterior, poderão concorrer todos os brasileiros natos ou naturalizados

6a) As legendas serão classificadas por Comissão Julgadora constituída de sete membros: Embaixador José Carlos de Macedo Soares, Menotti Del Picchia, Guilherme de Almeida, Afonso Schmidt, Tales de Andrade, Carlos Henrique Robertson Liberalli e José Pedro Leite Cordeiro.

7a) – Caberá à Comissão Julgadora o direito de:

a) – Anular este concurso por considerar os trabalhos não merecedores do prêmio:

b) – Eliminaros candidatos que não cumprirem as exigências deste edital:

8a) – A Comissão Julgadora deverá apresentar à Comissão do Monumento até 15 de outubro de 1960 o resultado do seu julgamento

9a) – Será conferido o seguinte prêmio:

Um primeiro prêmio não desdobrável de Cr$25.000,00.

10a) – A Comissão do Monumento procederá à identificação da legenda premiada e das não premiadas até o quinto lugar.

11a) – A Comissão do Monumento ficará de posse de todas as vias da legenda premiada e das não premiadas em geral.

12a) – A Comíssão do Monumento fará inscrever a legenda premiada na obra escultórica e as não premiadas e classificadas até o quinto lugar, serão publicadas.

13a) – As legendas deverão ser remetidas à Comissão do Monumento

14a) – Pela inscrição das legendas entende-se que os concorrentes aceitam todas as cláusulas deste edital, sendo que a Comissão do Monumento tem plenos poderes para a solução dos casas omissos.

Piracicaba, 16 de Julho de 1960
Benedicto Dutra Teixeira (presidente)
Cecílio Elias Netto (secretário)
João Evangelista Bueno (tesoureiro)”

Nota: O monumento esteve inicialmente na praça José Bonifácio. Depois, foi tirado por João Herrmann, indo para a Vila Rezende. Hoje, encontra-se na Matriz da Vila.

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