Palestinos encontraram uma aliança de apoio em Piracicaba

Muito antes de ganharem as manchetes de todo o mundo em função de sua luta por um peda­ço de terra, o povo palestino en­controu, em Piracicaba, uma ali­ança de apoio e solidariedade. Aconteceu ainda em 1986, quan­do o reitor da UNIMEP Elias Boaventura, firmou o primeiro convênio oficial entre uma insti­tuição brasileira e a Organização pela Libertação da Palestina (OLP) , entidade então conside­rada símbolo do terrorismo de Yasser Arafat.

Em meio a ampla polêmica, que fez com que o convênio fosse até mesmo questionado pelo Conse­lho Federal de Educação, o acor­do previa o intercâmbio de estu­dantes palestinos e da UNIMEP, com viagens e outras formas de colaboração acadêmicas, que nun­ca vieram a se concretizar. De con­creto, assim que assinado, entre­tanto, o acordo viabilizou um cur­so de extensão sobre a realidade palestina, que contou com a pre­sença, em Piracicaba, do represen­tante da OLP no Brasil, Farid Swann, do embaixador da O LP na Nicarágua, Marwan Tahubub, de especialistas da Argentina e Co­lômbia falando sobre temas que, passados quase duas décadas ,ain­da estão em debate:Status legal e internacional da OLP, a ONU e os planos de paz para o Oriente Médio, Situação dos palestinos em territórios ocupados a he­rança cultural palestina, um patri­mônio em perigo.

Mais tarde, a UNIMEP tam­bém assinou acordo semelhante com a Associação Israelita do Rio de Janeiro, de forma a demons­trar que seu apoio aos palestinos não envolvia qualquer sentimen­to anti-Semita.

Deixe uma resposta