A HISTÓRIA QUE EU SEI (114)

No dia 22 de Dezembro de 1978, o Prefeito João Herrmann Neto, mais alguns secretários e auxiliares diretos, foram participar de uma festa de confraternização natalina com funcionários vinculados ao gabinete do Executivo. A festa aconteceria numa chácara que o vice prefeito José Aparecido Borghesi emprestara do empresário Airto Boareto. Houve graves incidentes no decorrer das comemorações que, no entanto, não foram imediatamente revelados. O escândalo começou a vir a público, porém, naquela mesma noite pois o Prefeito Herrmann Neto – acompanhado de sua secretária, Ana Maria Vaz de Toledo Vianna, e do motorista José Leite – acabou passando, embriagado e usando apenas uma sunga, pela rua Madre Cecília, onde os moradores faziam, também, uma festa de confraternização natalina entre os vizinhos. Um dos organizadores daquela comemoração natalina, na rua Madre Cecília, era, também, um dos secretários municipais, engenheiro Joaquim Lazarí. Naquela noite, o Prefeito João Herrmann Neto perdeu as estribeiras: xingou populares, falou palavrões, cantou hinos pornofônicos, o estribilho de um dos quais era “nóis é nóis, o resto é bosta”, beijando publicamente a sua secretária, em atitudes totalmente inconvenientes e impróprias de um homem público. A reação dos moradores do local foi imediata: fizeram a denúncia à nossa redação, em “O Diário”, e, diante da gravidade e da veracidade dos fatos, publicamos os acontecimentos e os protestos dos moradores da rua Madre Cecília.

Obviamente, mais aquele escândalo do Prefeito estourou como uma bomba na cidade. Mas os acontecimentos eram ainda mais graves e, apenas após a divulgação das ocorrências na rua Madre Cecília, eles vieram a furo: o escândalo havia sido ainda maior na chácara onde se realizara a confraternização entre funcionários. Naquele local, o Prefeito João Herrmann Neto houvera levado, para a casa principal da chácara, duas secretárias, com as quais teria tido, em horas diferentes, relações íntimas, enquanto os funcionários se divertiam e tomavam conhecimento do que acontecia. O fato era do conhecimento de todos os presentes, a embriaguez e as relações íntimas do Prefeito estavam às claras.

*Continua

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