A HISTÓRIA QUE EU SEI (XI)

PSD e João
Uma outra jovem liderança política – originária do ramo dos Pacheco e Chaves – começava, também, a surgir: o engenheiro-agrônomo João Pacheco e Chaves, filho de Jorge, o continuador da trajetória política dos Conceição, Souza Queiroz, Prado e Pacheco e Chaves propriamente ditos. O “doutor Jorge” permanecera na presidência da UDN piracicabana e seu filho João ingressara no PSD, o partido de sustentação política de Getúlio Vargas. O engenheiro-agrônomo João foi, de 1947 a 1950, diretor-geral do SENAC, cargo que exerceu a convite de Brasílio Machado Neto. Em 1950, João Pacheco e Chaves candidatou-se a deputado estadual pelo PSD, partido em que ele ficou conhecendo – e tornando-se amigo – de figuras de destaque como Ulysses Guimarães, Juscelino Kubitschek, Amaral Peixoto.

Com o apoio da estrutura eleitoral formada quando da candidatura de Lázaro Pinto Sampaio para prefeito, João Pacheco e Chaves conseguiu uma razoável votação em Piracicaba, tendo, porém, votos em muitas cidades paulistas, o que lhe assegurou a eleição. No entanto, permaneceu pouco tempo na Assembléia Legislativa, pois foi convidado pelo Governador Lucas Nogueira Garcez para titular da Secretaria de Agricultura do Estado. Como Secretário, João Pacheco e Chaves reforçou os seus laços políticos com Piracicaba mas, desde o início de sua carreira, mostrou-se sensível aos grandes temas nacionais, fortalecendo e ampliando suas relações políticas e governamentais.

Como Secretário da Agricultura, deu atenção especial às Casas da Lavoura, às Estações Experimentais, desenvolvendo campanha para o replantio de cafezais, implantando novas técnicas para a cultura do algodão e fomentando o plantio da soja.

Destacou-se como Secretário e se tornou político de projeção nacional. João Pacheco e Chaves – como ocorrera com o seu pai, o “doutor Jorge” – tentou modernizar o estilo da política piracicabana, mas esbarrou nas poderosas forças conservadoras do “gonzaguismo” e no “populismo” cultivado por Samuel de Castro Neves e os “ademaristas”. Houve um duplo bloqueio: de Piracicaba em relação a João Pacheco e Chaves, e dele em relação a Piracicaba.

*CONTINUA

 

 

 

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