A HISTÓRIA QUE EU SEI (XLII)

Morganti e Pacheco
A união PTB e PSD – os dois partidos nascidos da inspiração varguista – continuou produzindo frutos em Piracicaba. Pelo PSD, João Pacheco e Chaves ia reelegendo-se eleição após eleição, aumentando o seu prestígio político e pessoal nos altos escalões da República. Sua amizade com Juscelino Kubitschek e Ulysses Guimarães, entre outros, abria-lhe portas. E, depois, quando da renúncia de Jânio Quadros e a instituição do Parlamentarismo, por via plebiscitária, o mesmo trânsito o deputado João Pacheco e Chaves continuou tendo quando Tancredo Neves se tomou Primeiro Ministro da República. João Pacheco e Chaves era um dos principais coordenadores, em São Paulo, da campanha “JK-65”, nas ruas desde que Juscelino transferira o poder para Jânio Quadros.

O PTB – como estava se tomando praxe em todo o país – caiu nos braços do empresariado. Em Piracicaba, foi o Comendador Lino Morganti – alto dirigente e proprietário da Refinadora Paulista (Monte Alegre) – quem se apropriou da legenda petebista, tomando-se, também, deputado federal. Foi na Usina Monte Alegre e recepcionado por Lino Morganti, que o então Senador Juscelino Kubitschek viu a consagração de seu nome em Piracicaba, no desenvolvimento da campanha “JK-65”.

Naquela oportunidade, Juscelino anunciou, a todo o empresariado presente na recepção em Monte Alegre, que, reelegendo-se em 1965, o seu Ministro da Agricultura seria o deputado e Comendador Lino Morganti. Antes, porém, aconteceu 1964…

Lino Morganti e João Pacheco e Chaves representavam Piracicaba no Congresso Nacional. No entanto, a sua influência na política local era muito pequena. Ambos manifestavam o seu apoio a Luciano Guidotti, por razões políticas mais de ordem estadual e nacional, já que a UDN, tendo Salgot Castillon cada vez mais como um de seus líderes de expressão, se havia transformado no grande adversário, cada vez mais feroz, da longa coligação PSD-PTB.

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