A HISTÓRIA QUE EU SEI (XLIII)

A vez do “ademarismo”
Com a posse de Adhemar de Barros no Governo de São Paulo, Piracicaba ficou, praticamente, sob o domínio político dos “ademaristas”, ainda que Salgot Castillon estivesse em grande destaque na Assembléia Legislativa. O grande líder “ademarista” daquelas eleições foi o comerciante Abraão Maluf Sobrinho que, praticamente sozinho, enfrentou os “janistas” e os “carvalhistas”. A situação de Domingos José Aldrovandi era, no mínimo, incômoda. De “janista” convicto, passava a “ademarista”, o que causava legítimas interpretações de oportunismo. No entanto, elegendo-se deputado, Domingos José Aldrovandi passou, realmente, a liderar o “novo ademarismo” que acabou afastando a liderança de Abraão Maluf Sobrinho para abrir espaço a duas novas personalidades ascendentes na política municipal: Luiz Guidotti, irmão de Luciano Guidotti, e o prof. Nélio Ferraz de Arruda.

O “ademarismo”, nesse período, fez e desfez. As nomeações para cargos estaduais apenas eram feitas se abonadas pelos “ademaristas”. E estes não abriam mão de sua influência e prestígio, amparados pelo Governador Adhemar de Barros cuja política era realmente clientelista. Os “ademaristas” pretenderam, inclusive, neutralizar qualquer liderança de Luciano Guidotti, tentando, assim, cooptá-Io para as suas fileiras. Luciano Guidotti manifestara simpatias pela candidatura derrotada de José Bonifácio Coutinho Nogueira. Mas havia um fato que iria influir na política piracicabana: o vice-governador do Estado, eleito com Adhemar de Barros, era Laudo Natel, banqueiro do Bradesco e ex-presidente do São Paulo F.C.

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