USP: o avanço e o domínio tecnológico que impulsionam o crescimento do país

No século XXI, o Brasil vai se manter em destaque mundial na área de agronomia. Assim como nos séculos XVII e XVIII, quando foi considerado o maior país agrícola dos trópicos, e também mais recentemente, nos séculos XIX e XX, quando passa a ser referência na adaptação dos produtos originários de outros países (biodiesel e agroenergia, por exemplo).

Gerador de inovações, o país tem, no conhecimento de seus engenheiros agrônomos, a ferramenta para continuar sendo o celeiro do mundo e impulsionar o desenvolvimento econômico e social do país. A USP, com 75 anos de atuação, e a Esalq com 107 anos, estão diretamente ligadas a essa realidade, ao lado do Confea, que este ano também completa 75 anos de existência.

Ao buscar a excelência da formação profissional, a USP – única universidade da América Latina incluída entre as 100 melhores do mundo – tem sua filosofia baseada no tripé – ensino, pesquisa e extensão. A ESALQ, por sua vez, não é menos conhecida. Promove a internacionalização do curso de Agronomia, estimulando o intercâmbio entre alunos brasileiros e estrangeiros. Atualmente holandeses, franceses e portugueses circulam pelo campus, que tem 2.200 alunos em graduação e 1.000 em pós graduação. Além disso, é importante lembrar que pela ESALQ, já passaram 12 ministros e 30 secretários de Estado.

Além desses números, outros confirmam o avanço tecnológico da agricultura brasileira alimentado pela USP e ESALQ. Basta citar o agronegócio, que responde por 30% do PIB e ocupa 40% da mão-de-obra brasileira. Segundo o IBGE, dos dez segmentos que mais geram empregos, oito estão ligados ao agronegócio.

No entanto, para atender à demanda do país – que tem 70 milhões de hectares de áreas degradadas – seria necessário que as 140 faculdades existentes no Brasil dobrassem o número de agrônomos formados anualmente, que hoje somam cerca de oito mil profissionais.

Neste 12 de outubro de 2008, quando o mundo vive dias atônitos e começa a refletir os primeiros efeitos de uma crise mundial, a USP com nossos agrônomos mais uma vez reforçarão uma das características da agronomia brasileira: a sua capacidade de enfrentar desafios.

 

Marcos Túlio de Melo

Presidente do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA)

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