Dr. Adhemar Pereira de Barros

Nasceu em Piracicaba em 24 de abril de 1901. Cursou a Faculdade de Medicina de São Paulo, colando grau em 1923. Freqüentou vários cursos de aperfeiçoamento, e empreendeu uma prolongada viagem pela Europa.

Casou-se com Leonor Mendes de Barros.

Ingressou na política em 1934, quando se elegeu deputado estadual, contando com 33 anos.

Em 1937 vigorava na Europa o regime ditatorial de Hitler e Mussolini. No Brasil Getúlio Vargas elegera-se presidente desde 1934. Em 1935 reprimiu o movimento comunista, adotando o estado de guerra, suspendendo as garantias constitucionais, em 1937, dissolvia a Assembleia e criava o Estado Novo. No ano de 38, Adhemar de Barros foi nomeado interventor federal em São Paulo.

De 1938 a 1941 Adhemar de Barros permaneceu à testa do governo de São Paulo, com iniciativas como a construção do Hospital das Clínicas.

Em outubro de 1938, prometeu visitar Piracicaba e ofereceu à Escola Normal Oficial, um luxuoso volume contendo a partitura da ópera “O Guarany”, de Carlos Gomes. Realmente, em 3 de dezembro desse ano veio a Piracicaba, quando lhe foram prestadas grandes homenagens.

Em fevereiro de 1939, o então presidente da República assinava o decreto nomeando Dr. Adhemar de Barros como 2º Tenente – Médico da 2ª Classe de Reserva da 1ª Linha, para servir na 2ª região Militar.

Em maio de 1941, Dr. Adhemar exonerou-se do cargo de interventor federal em São Paulo, recolhendo-se à vida privada até 1946. Neste ano fundou o Partido Social Progressista.

Adhemar de Barros candidatou-se ainda a Governador de São Paulo, sendo eleito. Em março de 1947 instalou a Assembleia Legislativa Estadual. Já no ano de 1954,ele candidatou-se novamente a governador, mas foi derrotado por Jânio Quadros.

Em 1956, sofreu Adhemar de Barros acusações de peculato, sendo condenado pela justiça a dois anos de reclusão. Refugiou-se na Bolívia. Depois foi absolvido e regressou ao Brasil em 1957. Nesse ano candidatou-se a Prefeito da Capital, conseguindo eleger-se. Para as eleições de governador do Estado, em 1958, candidatou-se, mas perdeu novamente. Em 1962, conseguiu, pela segunda vez, ascender ao posto de Governador de São Paulo. Com o advento da revolução de 31 de maio de 1964, Ademar de Barros viu seus direito políticos cassados por ela, em junho de 1966, pelo prazo de 10 anos. Assumiu o governo do estado o vice governador Laudo Natel.

Adhemar de Barros viajou para Paris em busca de tratamento de saúde. Internou-se no Hospital Charité, aos cuidados do seu médico particular Dr. Aarão Benchemault.

Às 3 horas e 30 minutos da madrugada de 12 de março de 1969, faleceu, sendo seu corpo transladado no dia 15, para São Paulo, para ser sepultado dia 17, no Cemitério da Consolação.

Recebera, em vida, diversas condecorações nacionais e estrangeiras, como a Gran Cruz da Coroa da Italia e a Gran Cruz da ordem do Mérito da Alemanha.

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