Dr. Alcides Torres

Médico humanitário, atendia a ricos e pobres, onde quer que estivessem.

Conterrâneo da Campanha de Canudos, provou seu destemor integrando o serviço médico das tropas federais. Com SUS experiências, escreveu, posteriormente, sua tese de doutorado “Ferimentos por arma de fogo”, a qual defendeu em 1902.

Dr. Alcides nasceu em 12 de março de 1881, na cidade de Ituaçú, no interior da Bahia.

Após se casar com Isaura di Paravicini, foi residir em Condeúba, onde instalou consultório e farmácia.

Ao lado de Oswaldo Cruz, ele colaborou na luta contra a febre amarela e a peste bubônica, como inspetor sanitário, vitoriosa campanha que livrou o Rio de Janeiro dessas doenças.

Em 1906 mudou-se para Santa Cruz do Rio Pardo (SP), abrindo consultório de médico-cirurgião-parteiro. Durante oito anos dedicou-se a atender vítimas de endemias locais. Trabalhou como sanitarista, fazendo obra de educação e divulgação de preceitos de higiene e profilaxia.

Voltou a pai por conta da doença de seu pai. Com a morte de seu progenitor, retornou a Santa Cruz do Rio Pardo, onde permaneceu até 1915.

Mudou-se para Itapetininga, visitando a cavalo doentes da zona rural ou das cidades vizinhas. Em 1918 adquiriu um Ford. Instalou o Posto Oswaldo Cruz, deu assistência médica gratuita e remédios aos necessitados, às suas custas e com o auxílio da Maçonaria. Apesar de atender a mais de 800 doentes com gripe espanhola, não contraiu a doença.

Também em Itapetininga dedicou-se mais à ginecologia e à pediatria.

Em 1926 mudou-se a Piracicaba, tendo em vista melhores oportunidades de estudo para os filhos. Instalou seu consultório, dedicando-se à clínica médica em geral e, em especial, a moléstias de crianças e partos.

No mesmo ano foi admitido como membro da Irmandade da Santa Casa.

Dr. Alcides dedicou-se também ao ensino, exercendo o cargo de lente da antiga Faculdade de Farmácia e Odontologia “Dr. Washington Luiz”, figurando no seu quadro de formatura do ano de 1929.

Impressionou-se, nesta época, com o grave problema dos esgotos em Piracicaba.

Em 1932, por ocasião da Revolução Constitucionalista de São Paulo, abandonou tudo e seguiu para Itararé, juntando-se ao 8º Batalhão da Força Pública do Estado, na qualidade de oficial médico.

Retornou a Piracicaba em 1939 reabrindo seu consultório. Logo a seguir mudou para Santos, devido à pressão ala, clinicando nessa cidade.

Foi médico ginecologista da Santa Casa e nesse Hospital veio a falecer, vítima de um choque operatório, em 1953, quando ainda se encontrava em plena atividade profissional.

Teve sete filhos.

Foi ainda político (vereador), professor (Anatomia), jornalista, presbítero e orador inspirado.

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