Dr. Anibal Cypriano da Silveira Santos
Dr. Anibal nasceu em São Roque (SP), em 17 de março de 1902.
Embora não tenha clinicado em Piracicaba, tem vida intimamente ligada à cidade, para onde veio com sua família, em 1911.
Na ocasião, foi nomeado o professor Joaquim da Silveira Santos – pai do Dr. Anibal Silveira – para reger a cadeira de Português e Literatura na Escola Normal de Piracicaba.Posteriormente, ele ocupou o cargo de Conselheiro Consultivo do estado.
Na antiga escola Normal de Piracicaba – hoje “Sud Mennucci” -, formou-se Dr. Anibal, professor normalista, em 1921. Continuou seus estudos no Ginásio Culto à Ciência, de Campinas, diplomando-se em 1924, Bacharel em Ciências e Letras.
Em 1925 ingressou na Faculdade de Medicina de São Paulo.
Se interessou pela neuro-psiquiatria. Durante o segundo ano médico freqüentou como estagiário a Clínica Médica da Santa casa de Misericórdia, Serviço do professor Ovidio Pires de Campos.
No terceiro ano tornou-se chefe de serviço. No quinto ano, para realizar a tarefa exigida pela cadeira de Higiene, escolheu Piracicaba, escrevendo sobre estado sanitário, estatísticas, recursos, situação, histórico, usos e costumes etc.
Promovido para o sexto ano médico, ingressou no corpo clínico do Hospital do Juqueri, como estudante interno; era seu Diretor o professor Antonio Carlos Pacheco e Silva.
Para manter-se em São Paulo, trabalhou no jornal “Correio Paulistano”.
Em 1930 concluía seu curso médico. Sua tese foi “Da Higiene Mental e dos Ambulatórios Psiquiátricos”.
Nomeado, passou a exercer o cargo de médico psiquiátrico do Hospital de Juqueri.
Chefe de clínica da Sessão masculina, imprimiu novos rumos ao estudo das doenças mentais, visando sobretudo o mecanismo do lobo frontal e das camadas do córtex. Com dr. Mattos Pimenta, neuro-cirurgião do Hospital, realizou notáveis experiências de lobotomia.
Em 1940 obteve a Livre Docência de Psiquiatria da Universidade de São Paulo, em memorável concurso. No mesmo ano , conseguiu uma das duas bolsas de estudos oferecidas pela Memorial John Simmon Guggenheim Foundation, dos estados Unidos, e destinada ao estudo da eletricidade dos neurônios e da neurofisiologia cerebral.
Realizou pesquisas de grande repercussão no Departamento de Psiquiatria da Universidade de Illinois.
Reassumiu suas funções no então Hospital “franco da Rocha”.
Introduziu,, entre os primeiros, a técnica projetiva em psicologia. Fundou ainda a Sociedade Roschach, filiada a internacional Rorschach Society, de Londres, e introduziu rumos de interpretação do psicodiagnóstico de Roschach.
Lecionou Psicologia Médica na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, da Universidade de São Paulo.
Em 1945 conquistou o prêmio “Austregésilo”, da Academia nacional de Medicina, do Rio, com o trabalho sobre Pneumoencefalografia.
Em 1950 deixou o Hospital “Franco da Rocha” para organizar e dirigir o recém-criado Serviço de Higiene Mental, nos Centros de Saúde do Cambuci e de Santana.
Na Faculdade de Ciências Biológicas de Botucatu, organizou a cadeira e o departamento de Psiquiatria, a convite do professor Alves Meira.
Na Universidade de Campinas, lecionou Psiquiatria. Foi titular na faculdade de Medicina de Jundiaí, na qual, posteriormente, foi diretor. Nesse posto veio a falecer em 16 de agosto de 1979, vítima de enfarte.