Heitor Pinto Cesar

Nascido em Piracicaba, aqui faleceu em 22 de junho de 1968. Filho de Ricardo Pinto Cesar e de Francisca Amélia do Amaral Cesar.

Casou-se com Aurora Teixeira Coimbra Pinto Cesar, tendo três filhos: Maria Aparecida Coimbra Cesar, Flor de Liz Coimbra Cesar e Aderbal Coimbra Cesar.

Obteve o Grau de Doutor em Agronomia, pela ESALQ, com a tese “Considerações Em Torno da Enxertia e da Poda” no ano de 1948.

Assistente da 12ª Cadeira da mesma (Fruticultura, Olericultura, Floricultura e Silvicultura) lecionou em Cursos de Férias e Extensão às normalistas (1936, 1950 e 1952), os primeiros organizados pela Sociedade “Luiz Pereira Barreto” e sob o patrocínio da deputada Chiquinha Rodrigues; os segundos por Thales Castanho de Andrade (Assistência Técnica do Ensino Típico Rural).

Esteve, também, por mais de uma trintena de anos na disciplina de Horticultura.

A imagem de Maria Imaculada, que se encontra no jardim da Igreja Imaculada, na Vila Rezende, foi uma de suas campanhas. Além disso, foi dele o projeto da praça (1954).

À sua morte falou a seu respeito o vereador Lazáro Pinto Sampaio, na tribuna camarária (25/06/1968).

Na Escola Prática de Contabilidade “Moraes Barros”, lecionou História do Comércio (1930/1932).

Foi mestre que enfeitou os nossos jardins de flores. Com seu nome fez um anagrama HERSIO POINT CARÉ (houve um espantoso físico francês Poincaret) encimando os comentários críticos, que os publicava em os nosso matutinos.

Os sonetos (alexandrinos), os cromos assinava-os sem o pseudônimo.

Em 26/11/1968 João Chiarini escreveu no “Jornal de Piracicaba”: era um homem singular, porque estranho, diferente. Múltiplo, porque pescador, caçador, hortelão, olericultor, fruticultor, jardinocultor, escritor, jornalista, humorista, e sobretudo poeta. Um sonetista e um trovasta dentro dos cânones e do receituário dessas classificações poéticas.

Sem sermo-nos engenheiros agronômos lêramos os seus livros impressos pela Cia. Editora Melhoramentos e os trabalhos que saíram pela ESALQ.

Nacionalista de cores verde-amarela, embrenha-se em a natureza, que amou e sentiu como poucos.

Dono uma capacidade de narrativa, que lhe constitua, sem o saber, um contista.

Alegre. Não parou no tempo. Informado, atual, contemporâneo. Jamais viveu com o pensamento e ideias em 1900.

Foi colaborador da primeira gestão (1956 – 1959) de Luciano Guidotti, na P .M. de Piracicaba, encarregando-se dos Parques e jardins.

Aposentando-se na ESALQ não parou. Continuou o mesmo. Interessado e informante. Prestativo. Humano e sem vaidades.

Thales (Castanho de) Andrade, costumeiramente, tecia comentários de suas excelsas qualidades. Consultava-o durante a elaboração de seus livros. Heitor Pinto Cesar nunca disse não à ninguém.

Mas até o momento, a “Comissão de Nomenclatura de Ruas” local não lhe tributou o seu nome em uma via.

Deixe uma resposta