Maria Silveira, heroína de 1932

maria silveira

A piracicabana Maria de Almeida Silveira foi uma das primeiras a alistar-se.

Piracicaba teve uma participação importante na Revolução Constitucionalista de 1932, movimento cívico que exigiu, de Getúlio Vargas, a democratização do país. Temos, na Praça José Bonifácio, o monumento a aqueles heróis e, no Cemitério da Saudade, há como que o panteão dos combatentes que, infelizmente, têm sido esquecidos pelas atuais gerações. Piracicaba, como acontece com todo o Brasil, descuidou-se de sua herança cívica.

Uma mulher piracicabana, Maria de Almeida Silveira, foi uma das heroínas da Revolução de 1932, numa época em que era rara a manifestação política das mulheres. Filha de Inácio Florêncio da Silveira – irmão benemérito da Santa Casa – e da lendária Dona laiá, Antonia de Barros Silveira. Quando aconteceu a Revolução, Maria Silveira morava em Pirassununga. E foi uma das primeiras a alistar-se, convocando as mulheres, fazendo discursos, vestindo o uniforme de enfermeira e indo para o front.

Nas memórias do prof. Elias de Mello Ayres, a figura de Maria Silveira avulta. Ela, nos últimos dias de combate, deixou o uniforme de enfermeira e se tornou cozinheira do batalhão, esquecida de suas origens elitistas e de sua educação primorosa, pois Maria de Almeida Silveira havia sido brilhante aluna da Escola Normal de Piracicaba, o atual Instituto de Educação Sud Mennucci. Naquela escola, Maria Silveira tinha sido colega de Lila Krahenbull Ferraz, de Eunice Gracila da Silva, de Arquimedes Dutra, de Oswaldo Godoy, de Eduardo Augusto Salgado, grupo de alunos que se tornaria conhecido como a Turma de 1927.

Maria Silveira nasceu na Rua 13 de Maio, numa casa quase fronteira à de Prudente de Moraes, onde está, atualmente, o Museu Histórico e Geográfico. Morrreu em São Paulo e os seus despojos foram trasladados para o Monumento do Ibirapuera, em São Paulo.

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