Pio Sbrissa

Italiano de nascimento, veio com o grande grupo deles, no final do século. Deixou ele numerosos descendentes compreendidos por filhos, netos, bisnetos, tataranetos.

Tal corrente imigratória não foi, senão, dez por cento (10%) à lavoura. O restante fixou-se na cidade com empórios, marcenarias, carpintarias, relojoarias, serralherias, alfaiatarias, hotéis, barbearias, distantes das lojas dos sírios e dos libaneses; das selarias (alemães), das fotografias (alemães, em maior quantidade) e chapelarias (também).

Os imigrantes que vieram à Piracicaba não eram camponeses. Tinham um ofício categorizado. Alguns cresceram muito: Antônio Ribecco (padaria), Francisco Rigatto (alto comércio), Emílio Bertozzi (alto comércio) e Terenzio Galesi (açúcar, com os seus ramos para a Rua Alféres José Caetano e Rua São José e a casa bancária em a Rua Prudente de Moraes).

Dois deles estabeleceram-se com Fábrica de Caixões (urnas funerárias); Euclydes Libório (o pai) e Pio Sbrissa. O serviço funerário deste esteve, onde se encontra a secretaria do CCR. “Cristovão Colombo” (sede central). Próximo havia a de Laudino de Camargo, com entrada pela Rua do Comércio.

Os filhos de Pio Sbrissa eram muitos: José, Lino, Mário, Armando, Nilo e as moças. José fez-se cirurgião-dentista pela antiga ,”Escola de Pharmacia e Odontologia “Washington Luiz”, botando a clínica em SP. Os demais estiveram, efetivamente, na Fábrica. E continuaram, ao depois, na Indústria, à Rua Governador Pedro de Toledo, esquina da Rua Voluntários de Piracicaba. Uma das maiores do Brasil, que mais tarde se foi para a Unileste.

Pio Sbrissa era da Ordem Terceira, os que se vestiam com a beca vermelha. Que me parece, contemporaneamente, banida da Catedral.

A italianidade reunia-se aos sábados à tarde e à noite no “Salão Smart”, de propriedade de Pedro Chiarini e Luiz Woltzenlogel.

Aí dialogaram sobre todos os problemas nacionais populares brasileiros e italianos. É bem evidente que se ouvia diversas áreas dialetais da Itália: Júlio Scaranari, Miguel Gatti, Rando, Maiolino, Puzzi, Colombo, Perencim (02), Victorio Laerte Furlani, Victorio Zagatto, “Mimi” Raphael, Spalla, Dino Corazza, Anchisile Chiara, etc. Cada um de uma cidade e praticamente de muitas regiões italianas. E reuniram-se às noites de sábado no jogo de boce, de Aléssio Delfini, aos fundos e à esquerda do “Hotel Lago” (o 2º).

Quando chegava o Pio Sbrissa todos se calavam. Desejavam saber os que tinham morrido recentemente, ou pediam notícias do fato, quando não o leram no “placar” do “Jornal de Piracicaba”, posto do lado de fora.

Não saberei dizer-lhes quantas vezes Pio Sbrissa forneceu caixões gratuitamente e ao tempo em que não havia o sistema de indigência da prefeitura local.

Certamente foi por esse motivo que lhe dei o seu nome à uma rua. Ficava ali perto do Centro Cívico. Consumiram-na, porque desapareceu.

4 comentários

  1. Airton Luiz Sbrissa em 02/10/2012 às 19:00

    Há possibilidade de saber de que cidade na Itália veio o Sr. Pio Sbrissa.
    Questiono pois é parente de meu bisavô, Clemente Sbrissa, que não consigo descobrir de onde veio.
    Pode ser que vieram do mesmo local ou proximidades.
    Obg.
    Airton Luiz Sbrissa.

    • LUCY SBRISSA em 04/12/2012 às 22:00

      CARO PRIMO AIRTON……NASCEU EM 18 DE JOLHO DE 1881,LEONE PIO SBRISSA, NA COMUNE DI LORIA, PROVINCIA DI TREVISO , FILHO DE SBRISSA GIUSEPPE E DI BORTOLAZZO MARIA TERESA. CHEGARAM AO BRASIL EM 29 DE DEZEMBRO DE 1887. ENTRARAM NO BRASIL VIA RIO DE JANEIRO., TENDO COMO DESTINO SÃO PAULO.

  2. Luiz Gustavo Woltzenlogel em 09/05/2015 às 15:46

    Olá! Meu nome é Luiz Gustavo Woltzenlogel, gostaria de saber mais sobre meus antecessores. Caso alguém saiba de algo, por favor, me responda.
    Sei que meu bisavô se chamava Ambrósio Woltzenlogel.

  3. Dalva contarelli em 06/03/2020 às 16:50

    Pio sbrissa é o nome dado a avenida perto do Terras.

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