Victório Laerte Furlani

Italiano de nascimento. Veio com a comunidade italiana em uma das correntes imigratórias que se estabeleceram comercial e industrialmente em Piracicaba. Isso ocorreu no começo do século XX.

A sua firma ficava à Rua do Comércio (Governador), quase esquina da Rua São José. À frente era o setor comercial. Aos fundos a oficina, conhecida como “Vesúvio”.

Os italianos constituíam uma irmandade. Embora, oriundos de diferentes províncias e, portanto, de distintos dialetos.

Grupos uniam-se para pescar, para caçar, para jogar bocha e/ou participarem da mesma confraria religiosa.

A residência e o domicílio de Victório Laerte Furlani serviu como passo nas muitas Procissões do Senhor.

Os seus filhos João Tino Furlani e José Laerte Furlani (“Zequita”) tomavam conta, respectivamente, daquela oficina e da loja.

Foi Victório quem criou caixas de ferro para expurgo de café. Pioneiro na construção de portas de aço, que estiveram em muitos estabelecimentos locais e de fora.

É dele a lanterna a carbureto, quando se não falava, ainda, da de querosene.

Foi o introdutor da primeira máquina de lavar roupa (“Bendix”), em nossa cidade. Trouxe a primeira panela de pressão, uma encomenda do Dr. Romeu de Souza Carvalho, imenso engenheiro, que por muitos anos dirigiu “Mausa”. Os chuveiros elétricos e os aquecedores centrais foram obras de sua inventiva.

Em 1941 o prefeito José Vizioli criou o Parque Infantil. Foi Mário Dedini quem o financiou. Deveria chamar-se “Nida Dedini”. Contestou o nome de sua filha ao local de Recreação. Todos os brinquedos foram fabricados por Victório Laerte Furlani.

Faleceu antes de 1955. Homenageado com o seu nome dado à uma rua na Vila Rezende, próximo ao Hospital do Câncer.

O artista plástico Angelino Stella retratou-o em óleo sobre tela, a qual se via em o escritório da famosa “Oficina Vesúvio”.