Divino, festa prestigiada

Nos 1950, a Festa do Divino era um acontecimento

Ainda no início da década de 1950, a Festa do Divino não era apenas um acontecimento folclórico-religioso, mas um evento social. Era prestigiada por autoridades, promovendo a união democrática entre o povo e a elite. Na foto, de autor desconhecido, vê-se a soltura dos pombos, sob o olhar do Padre João Echevarria, personalidade muito querida por seus trabalhos na Paulicéia e Paulista, além de serviços que prestava como geólogo na descoberta de poços artesianos. Em primeiro plano, a sra.Neide Marchiori.

Vê-se, também, o casal Samuel de Castro Neves, já em fins de seu último mandato como prefeito de Piracicaba. A Festa do Divino começou a sofrer alterações quando o Bispo D.Aniger Melilo, sucessor de D.Ernesto de Paula, tentou acentuar o caráter mais religioso da festa, em detrimento das festanças folclóricas. O hiato nas celebrações causou perda de interesse e afastamento da população que, apenas alguns anos depois, retomou a mais do que centenária tradição.