Fábrica de barcos
Um dos motivos de Piracicaba ter-se tornado povoação, a partir da presença de Antônio Corrêa Barbosa e seus agregados, foi o de ser lugar propício para a construção de barcos, necessários à navegação fluvial e ao abastecimento do Forte de Iguatemi, na fronteira com o Paraguai. O Povoador tornara-se especialista na construção de canoas maçoneiras, para as quais eram fundamentais as formidáveis árovres de ximbaúva existentes na região. As embarcações eram cavadas num só tronco de ximbaúva ou de peroba.
Essa tradição permaneceu, atravessando os séculos 19 e 20, quando a navegação fluvial foi uma realidade. As famílias Bottene e Adâmoli foram grandes especialistas nessa arte. A foto, possivelmente da década de 1920, de autor desconhecido, mostra uma das grandes embarcações construídas no estaleiro de João Bottene, na rua Voluntários de Piracicaba, quase esquina da Armando Salles de Oliveira, sob a qual está o ribeirão Itapeva.