Pontilhão da Paulista

Pontilhão da Paulista

Obra de Luciano Guidotti ampliou acesso a novos bairros

A primeira administração de Luciano Guidotti (1956/59) – favorecida por uma nova realidade sócio-econômica então surgida no País – promoveu verdadeira revolução urbana em Piracicaba, com obras monumentais e essenciais, arrojadas para a época.

Além de grandes avenidas – incluindo a conclusão da Avenida Independência e a cobertura do Itapeva, a Avenida Armando Salles – Luciano abriu espaços para o crescimento de bairros ainda incipientes. Na foto (de autor desconhecido) o Pontilhão da Paulista, que permitiu o surgimento da passagem inferior sob os trilhos da Estrada de Ferro Paulista, na rua José Pinto de Almeida, direção bairro-centro, em paralelo à rua Benjamin Constant. Na Benjamin, a fúria iconoclasta dos comandados de João Chaddad destruiu o pontilhão criado quando da própria chegada da linha férrea a Piracicaba.

O pontilhão coinstruído por Luciano Guidotti também está ameaçado, pois há obras da área da Saúde ao lado dele, indicando a perspectiva de seu tombamento. Piracicaba está permitindo sejam destruídas, em nome de alguma alergia por cultura, as suas riquezas patrimoniais de valor histórico e cultural. O projeto e a obra do pontilhão construído por Luciano Guidotti foi do engenheiro da Prefeitura Odilo Graner Mortati, um dos mais importantes reformuladores da moderna Piracicaba, nome infelizmente esquecido.

 

 

2 comentários

  1. Delza Maria em 19/05/2013 às 13:29

    Quando em um belo dia de sol voltando à minha cidade e por ela andando, em busca de meu passado, me vi na rua Benjamim Constant, próxima a casa de minha infância e juventude. Olho para a frente. O sol apagou-se um pouco e algo estranho surgiu no lugar do conhecido e tantas vezes, visualizado pela criança, e mais tarde, jovem mulher que fui: – Aos poucos percebi o que mudava tanto a paisagem carinhosa dos dias felizes da mocidade.
    O Pontilhão da Paulista, lugar de tantas brincadeiras sob o mesmo, de crianças que, como eu, pulavam os troncos de madeira lá depositados, cantando superstições que acreditavam serem proféticas: Um pulo = gosto; dois pulos, desgosto; três pulos, encontro; quatro, carta; cinco, convite; e seis finalmente, a glória: – casamento!
    Derrubaram o pontilhão da paulista. Ele não mais existe e nem existem mais os troncos de madeira onde repousavam os sonhos, que um dia, crianças sonharam, numa década perdida dos anos 50.

  2. Andréa de Paula Cesar em 06/10/2015 às 12:10

    Aos sábados eu e meus irmãos utilizavamos os trilhos para ir catecismo. Uma das minhas poucas lembranças de infância.

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