Sanatório São Luiz

A imensa obra humanitária de Lydia de Rezende, filha dos Barões de Rezende, não foi, ainda, inteiramente dimensionada por Piracicaba. Talvez, pelo fato de, com o advento da República no final do século 19, as lideranças monárquicas precisarem ser esquecidas. No entanto, Piracicaba recebeu extraordinário impulso social também por força da atuação dos barões de Rezende e Serra Negra, em especial.

Lydia de Rezende foi considerada, pelo escritor Coelho Neto, o símbolo da mulher brasileira à sua época. Voltada às obras de caridade, à filantropia, ao estímulo às artes, religiosa em sua crença católica, Lydia de Rezende foi responsável por vultosas obras, entre as quais o pioneirismo da criação do Sanatório São Luiz, o primeiro sanatório para tuberculosos do Brasil.

A pedra fundamental, na Chácara São Pedro, do Barão de Serra Negra – parte dela onde está o centro de Vila Rezende, incluindo o Mirante – foi lançada em 1904. Apenas em 1911 foi concluida, com obras que se estenderam até 1926. Foi a maior epopéia filantrópica a que Piracicaba assistiu. O sanatório, que se transformou no Instituto Baronesa de Rezende, foi construído como um ideal de Lydia diante da dor pela perda do irmão Luiz, que morreu tuberculoso. Lydia de Rezende tornou-se conhecida como “Anjo da Caridade”.