No tempo de ruas com nomes bonitos

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O historiador Guilherme Vitti tem dedicado sua vida à pesquisa histórica de Piracicaba, especialmente dos anais da Câmara Municipal. E uma das preocupações de Guilherme Vitti – que, na verdade, lhe dão prazer – está na pesquisa toponímica dos logradouros públicos e de ruas da cidade. De 1822 a 1838, Guilherme Vitti localizou ruas de nomes belíssimos, que deixaram de existir, e outras que não foram localizadas.

Vejamos algumas:

Rua da Ladeira – Deveria ter sido o primitivo nome da Rua 15 de Novembro, que substituiu a Rua da Quitanda.

Rua da Bica – ou Travessa da Bica ou, ainda, Rua do Itapeva, que corria paralela ao riacho Itapeva, sobre o qual se construiu a Avenida Armando de Salles Oliveira.

Rua do Páteo – Era a rua que estaria, hoje, no trecho inicial da Rua Boa Morte.

Rua do Pau Queimado – Era o nome da atual Rua Alferes José Caetano. Segundo Guilherme Vitti, é a primeira rua citada nas atas da Câmara Municipal.

Rua das Flores – Era esse o nome da atual Rua 13 de Maio.

Rua da Ponte – Houve duas ruas com esse nome. A primeira que não se sabe se era a atual Moraes Barros ou a atual São José. A outra foi a atual Rua Campos Salles.

Rua da Caxoeira – Ou Rua do Salto: Atualmente, é a Rua Cristiano Cleopath.

Rua do Rocio – Eram os limites das terras públicas da vila. Atualmente, é Rua Monsenhor Manoel Francisco Rosa.

Rua da Praia – Era esse o nome da rua atualmente conhecida como Rua do Porto.

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Guilherme Vitti fala, ainda, de ruas que não foram localizadas como Rua do Polho, Rua do Poço, Rua da Graça, Rua da Roza. E conclui: “(…) Nossos ancestrais não destacavam indivíduos, por cumpridores de seus deveres públicos ou privados. Glorificavam apenas os heróis que transpunham os limites das obrigações comuns.”

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