Acipi estimula troca de moedas no comércio

A Acipi (Associação Comercial e Industrial de Piracicaba) quer estimular a população a trocar suas moedas no comércio piracicabano. A ideia é ajudar a reduzir a falta de troco, problema que atinge o comércio, prejudica a atividade econômica do município e impacta na vida do consumidor, pela demora em concretizar suas compras.
O diretor da Acipi, Luiz Carlos Furtuoso, lembra que a situação é delicada e a saída encontrada pela Acipi para ajudar foi um trabalho mais efetivo de conscientização. “Uma das missões da associação comercial é ajudar na solução de problemas que atingem o cotidiano dos associados e da população”, diz.
Furtuoso lembra que uma questão cultural tem ajudado a segurar as moedas em casa: o hábito de guardá-las em cofrinhos. “O que estamos pedindo é que essas moedas sejam trocadas por notas, para que tenhamos volume suficiente de troco para atender tantas demandas”, diz. Furtuoso se baseia em um dado real para explicar parte do problema . Segundo o Banco Central, a cada dez moedas em circulação, somente seis são usadas no dia a dia, as outras quatro são guardadas. O BC tem até uma estimativa mais precisa: hoje existe o equivalente a R$ 28,00 em moedas por brasileiro.“Muitos lojistas têm perdido vendas por falta de troco. Isso sem falar no prejuízo ao cliente, que perde tempo enquanto espera seu troco”, informa.
O diretor sabe de outro fato que agrava ainda mais a falta de troco, que na verdade atinge todo o país. Segundo a Casa da Moeda, responsável pela fabricação de dinheiro no Brasil, houve uma redução de quase 60% na produção de moedas este ano. Em 2012, a produção para o Banco Central foi de 1,2 bilhão de unidades. No ano passado, quase dobrou: passou para 2,3 bilhões. E para este ano, vão ser produzidas 945 milhões de moedas. “Daí a importância de liberar as moedas que estão em casa, trocá-las por notas”, enfatiza o presidente da Acipi, Angelo Frias Neto, que acredita no sucesso desse chamamento feito pela entidade. “O respeito que a Acipi tem junto à população e a nossa disponibilidade de auxiliar a comunidade, sempre encontram resposta. Esperamos que, em pouco tempo, o fluxo de moedas aumente”, diz.

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