Alunos irão representar a Esalq/USP e Piracicaba em competição de biologia sintética nos EUA
Pela primeira vez na história, a Escola Superior de Agricultura ‘Luiz de Queiroz’ da Universidade de São Paulo (Esalq/USP) terá alunos participando da competição anual do iGEM (International Genetically Engineered Machine), ligada ao Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), que é uma das maiores competições internacionais na área de biologia sintética.
A edição iGEM 2017 ocorrerá em novembro, em Boston, nos Estados Unidos. Mas, para garantir a participação os alunos ainda precisam levantar parte dos custos para a inscrição e as viagens. “O incentivo aos acadêmicos na participação de competições como a iGEM é fundamental para o desenvolvimento da área de biologia sintética do país, atualmente ‘embrionária’ no Brasil”, afirmou a professora do Departamento de Genética da Esalq/USP e tutora dos alunos do projeto, Maria Carolina Quecine Verdi.
Os alunos que irão participar da competição fazem parte do Grupo de Estudos em Biologia Sintética (GBios), que conta com 19 participantes, dentre eles estudantes de graduação (Engenharia Agronômica e Florestal) e pós-graduandos de diferentes departamentos da Esalq/USP, um docente do CENA/USP, Antônio Vargas de Oliveira Figueira, além de uma pesquisadora do Instituto de Inovação em Biossintéticos do SENAI, a Dra. Aline Romão Dumaresq. O GBios fica sediado no Departamento de Genética da Esalq/USP e foi idealizado em 2016, durante a disciplina de graduação genética molecular.
Para participar da competição iGEM 2017, o GBios irá desenvolver um projeto para obtenção de um bioinoculante (também chamado de inoculante biológico, produto que contém micro-organismo com ação benéfica para o desenvolvimento das plantas) para plantas, denominado SuperBacc. “Bioinoculantes são insumos biológicos para substituição de agroquímicos (produto químico empregado na agricultura e atividades afins, como é o caso de fertilizantes, inseticidas, pesticidas e outros). A ação deles permite, por exemplo, disponibilizar nutrientes naturalmente presentes no solo ou ar e a produção de hormônios de crescimento, e com isso reduzir a necessidade de adição de fontes externas de nutrientes. Particularmente, o alto custo energético para a produção de fertilizantes nitrogenados e as reservas limitadas de fósforo mineral, fazem com que alternativas para o uso desses fertilizantes sejam de extrema relevância para a sustentabilidade da agricultura brasileira”, detalha a engenheira agrônoma Aline S. Romão Dumaresq, pesquisadora do Instituto de Inovação em Biossintéticos do SENAI.
O projeto que será desenvolvido pelo time da Esalq/USP tem um apelo sustentável, pois visa desenvolver uma bactéria para servir de bioinoculante para plantas. “Com o uso de ferramentas de biologia sintética, o projeto visa melhorar a bactéria geneticamente, para que além de promover crescimento vegetal, vocação natural dessa bactéria, ela também tenha mecanismos para disponibilizar alguns nutrientes essenciais para a planta, como nitrogênio e fósforo. Com isso, esse projeto irá: promover e estimular a disciplina de biologia sintética nos acadêmicos, disseminar alguns conhecimentos na sociedade, divulgar a atuação da Esalq/USP e do Brasil na comunidade científica do exterior e, viabilizar a criação de algumas alternativas para agricultura mais sustentável”, completou a tutora Maria Carolina.
CONTRIBUIÇÃO
A participação na iGEM exige o pagamento de uma taxa de inscrição no valor de US$ 5.000,00. Além disso, a iGEM 2017 – Giant Jamboree, ocorrerá em Boston, o que implica em custos com passagens aéreas e hospedagem para a equipe durante o evento. A doação de qualquer valor pode ser feita na campanha online: https://www.kickante.com.br/campanhas/gbios-esalq-rumo-uma-jornada-cientifica
Para patrocinar o projeto ou saber mais, favor entrar em contato pelo e-mail [email protected].