Cesta básica aumenta após quatro meses de queda

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No mês de setembro, o preço médio da Cesta Básica de Piracicaba ICB – ESALQ/FEALQ, calculado pela EJEA, aumentou 1,44% em relação ao mês anterior, passando de R$ 432,59 para R$ 438,80.

A categoria Alimentos aumentou R$5,54 (variação de +1,60%), passando de R$ 345,78 para R$ 351,32. Na categoria Higiene, a variação foi de 2,23%, passando de R$ 39,27 para R$ 40,14. Na de Limpeza Doméstica, a tendência foi oposta, caindo 0,43%, de R$ 47,54 para R$ 47,33. Os produtos de destaque nesta análise são a carne de segunda, o frango e o alho.

A carne de 2ᵃ variou 6,64% em relação ao mês passado. O preço médio, que em agosto era R$13,12/kg, passou para R$14,00 em setembro. Segundo o CEPEA/ESALQ-USP, este aumento deve-se principalmente à baixa oferta de animais. Dados revelam que o seu volume de oferta tem sido o menor desde novembro de 2011. No entanto, os frigoríficos estão tentando não cobrar um valor muito alto, com receio de que o consumo diminua substancialmente.

Do lado da demanda, tem havido aquecimento das exportações, principalmente para Rússia, o que explica o comportamento do mercado de carne bovina.

Para o mês de outubro, existe a expectativa de que haja um aumento na oferta de animais confinados, como acontece normalmente.

O preço médio da carne de frango apresentou aumento de 10,44% em relação a agosto, passando de R$ 4,60 para R$ 5,08/kg. A demanda interna manteve-se aquecida durante o mês de setembro, segundo o CEPEA-ESALQ/USP. Este fenômeno está relacionado com o consumidor busque substituto na proteína de frango. No indicador ICB-ESALQ/FEALQ, as carnes bovinas e suínas – representadas, respectivamente, pela carne de segunda e linguiça toscana – aumentaram 6,64% e 5,53% Houve também aumento da demanda no mercado externo, o que fez com que os produtores priorizassem as exportações colaborando assim para uma redução da oferta de frango no país e gerando aumento nos preços do produto. Em setembro, foram embarcadas 331,40 mil toneladas de carne de frango in natura, volume 10% maior que o de agosto e 19,5% superior ao de set/13, segundo dados da Secex. Além disso, informações coletadas pelo CEPEA indicam que alguns compradores já iniciaram a formação de estoques para o final do ano.

O preço médio do alho aumentou 6,75%, passando de R$2,30 para R$ 2,45 (Gráfico 4). Esta variação não foi causada por mudanças na demanda e nem na oferta. O aumento de preço foi resultado do questionamento, no âmbito do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), sobre a tarifa antidumping para o produto importado da China.

Em razão dos preços baixos, a maior parcela do alho consumido no Brasil é importado da China. Para proteger os produtores brasileiros e dar suporte para a concorrência, o governo criou – em 1996 – uma tarifa antidumping. As novas discussões sobre este problema pelo Ministério provocaram receios entre os exportadores chineses que aumentaram o preço do alho para que as tarifas fossem menores.

O caso foi definido nesta sexta-feira (03/10) e resultou em um aumento de 50% na tarifa antidumping que passou de US$ 0,52 por quilo para US$ 0,78.

Mantendo a tendência observada nos últimos meses, a participação da cesta básica no salário mínimo aumentou em setembro para 60,61%. Isso é resultado do amento do preço da cesta, que após longo período de retração, voltou a subir neste mês.

 

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