Índice da Cesta Básica inicia o ano em alta

O preço médio da Cesta Básica de Piracicaba ICB – ESALQ/FEALQ, calculado pela Empresa Júnior de Economia e Administração (EJEA), para o mês de janeiro, aumentou 2,49% em relação ao mês anterior, passando de R$ 532,85 para R$ 546,10.

O aumento na categoria Alimentos foi de 2,46%, passando de R$ 433,67 para R$ 444,34. Na categoria Limpeza Doméstica a variação foi de 1,10%, passando de R$ 51,78 para R$ 52,35. E, na categoria Higiene, houve forte aumento de 4,26%, passando de R$ 47,40 para R$ 49,42. Os produtos com destaque nesta análise são o Açúcar, o Feijão e o Macarrão.

O preço médio do açúcar variou 6,19%, passando de R$ 2,30/kg para R$ 2,45/kg . A oferta de açúcar seguiu a tendência dos últimos meses de 2015, apresentando uma forte restrição, o que, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA) – ESALQ/USP, foi fortalecido com a decisão das usinas em cumprirem os contratos, diminuindo assim a oferta adicional no mercado spot. Outro fator determinante foi o processamento estar direcionado para a produção de etanol, segundo dados da União de Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) aproximadamente 77% da cana produzida havia sido transformado em combustível.

O preço médio do feijão aumentou 9,25%, passando de R$ 4,74/kg para R$ 5,17/kg . A cultura enfrenta a sua pior entrada de safra, sendo esperado um déficit de 8 milhões de sacas até março deste ano, segundo o Instituto Brasileiro do Feijão. Os estados produtores do Centro-Oeste enfrentaram problemas climáticos que provocaram queda na qualidade do produto e inviabilizando o seu comércio. Existem perspectivas de que fatores climáticos adversos, a insegurança e os elevados preços das sementes poderão fazer com que os produtores diminuam a área plantada na entrada da próxima safra. Se isso for confirmado, os preços do feijão tenderão a subir ainda mais nos próximos meses.

O aumento do macarrão foi de 29,21%, passando de R$ 2,43/kg para R$ 3,14/kg na média. O preço do trigo, que é o principal ingrediente do macarrão, vem mantendo-se firme no mercado interno. Segundo o CEPEA, com a perspectiva de aumento ainda maior dos preços, os produtores estão segurando os estoques para efetuar as vendas na entressafra. Isso tem obrigado a importação de trigo pelos moinhos, o que acaba afetando diretamente o preço do macarrão, que tende a subir ainda mais.

Salário Mínimo
Apesar dos aumentos de preços observados, a relação entre o valor do ICB-ESALQ/FEALQ e o do salário mínimo passou de 67,62% em dezembro para 62,06% em janeiro. Isto representa uma diminuição de aproximadamente 8%, ocasionada pelo aumento do salário mínimo nacional.

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