Milhares de peixes são encontrados mortos às margens do Rio Piracicaba

 Mateus Medeiros/Arquivo pessoal)Milhares de peixes foram encontrados mortos na tarde desta quarta-feira (12) no Rio Piracicaba. Várias espécies diferentes boiavam às margens do manancial, que vive a seca mais rigorosa para o período nos últimos 50 anos. Não foi a primeira mortandade verificada neste verão no trecho.

Os peixes foram encontrados mortos às margens da Avenida Jaime Pereira, conhecida como Estrada do Bongue, e algumas pessoas aproveitaram-se da situação para recolher os animais.

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) informou, via assessoria de imprensa, que não teve informações sobre a morte de peixes em Piracicaba, mas afirmou em nota que a possibilidade de morte de peixes é maior com a vazão do Rio Piracicaba baixa e que vai averiguar a questão.

Poluentes
A baixa vazão do manancial aumenta a concentração de poluentes, situação que afeta toda a vida aquática.

Segundo a professora de ecologia Silvia Regina Gobbo, da Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep), a seca estimula a proliferação de microorganismos, que consomem o pouco oxigênio ainda presente na água. “É o que causa mortandade de peixes em massa.”

A presença de sujeira e lixo no leito do manancial, o que a especialista chamou de “hábito cultural nefasto”, traz ainda o risco de contaminação da água por metais pesados e outras substâncias químicas de componentes plásticos e de aparelhos eletrônicos.

“O prejuízo não se restringe à vida aquática, mas também às pessoas que utilizam o rio para pescar ou para o lazer. Nestas condições, ficam expostas a infecções e problemas de saúde”, afirmou a professora.

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