Oscip Pira 21 comemora 15 anos de atividades

A Oscip Pira 21 – Piracicaba realizando o futuro completa quinze anos de trabalho em prol do desenvolvimento sustentável, executado por meio do fomento às ações estabelecidas pela população na Agenda 21 de Piracicaba, cuja primeira edição foi apresentada ao município em 2001.

De acordo com o Prof. Josué Lazier, secretário executivo da Oscip Pira 21, quando teve início a jornada pelo desenvolvimento sustentável de Piracicaba, em 1999, a intenção era criar um plano estratégico para dez anos, que foi denominado Piracicaba 2010 – Realizando o Futuro. “Esse objetivo ganhou corpo e adeptos nos diversos setores, transformando-se dois anos mais tarde em uma das mais respeitadas Organizações Civis de Interesse Público de Piracicaba.  Em 2011, alterou sua razão social para PIRA 21 – Piracicaba Realizando o Futuro, a fim de atender não apenas dez anos de um plano, mas um século voltado a promover ações para o desenvolvimento sustentável de Piracicaba e a qualidade de vida de seus cidadãos no presente e para as futuras gerações”.

O lançamento da primeira edição da Agenda 21, em 2001, transformou Piracicaba no quarto município brasileiro a ter sua agenda  local e o primeiro a desenvolver um plano estratégico organizado pela sociedade civil.  O fato de envolver todos os setores da sociedade e ser suprapartidário fez com que o plano inicial, proposto para ser concluído em 2010, ganhasse relevância dentro do município. A primeira revisão da Agenda 21 ocorreu em 2007 e, recentemente, em 2015, um novo plano foi elaborado, para o período de 2016 a 2025.

O cenário desejável eleito pela população e validado para os próximos dez anos em audiências públicas continua sendo o   “Salto de Piracicaba”, sintetizado na seguinte visão de futuro: Piracicaba será modelo de desenvolvimento sustentável e um excelente lugar para viver.

O volume de ações executadas ao longo desses quinze anos demonstra que a Agenda 21 ganhou força dentro do poder público e da sociedade civil.  O balanço das ações executados entre 2001 e 2006, registrou índice de 22% execução das propostas idealizadas em sua primeira edição. Na revisão do período de 2007 a 2014, índice de ações executadas subiu para 48%.

Das 265 ações fomentadas, a execução do Projeto Beira-Rio e a implantação do Instituto de Pesquisas e Planejamento de Piracicaba – IPPLAP são exemplos a seriedade e comprometimento da Oscip Pira 21 na concretização de propostas para a sustentabilidade do Município.

A execução da segunda revisão da Agenda 21 de Piracicaba mobilizou a população do município e o plano estratégico proposto para o período de 2016 a 2025 está traduzido em 29 metas, 65 programas, 146 objetivos e 592 ações propostas. A Oscip Pira 21 terá grandes desafios nesta próxima década da Agenda 21, mas seus integrantes entendem que as propostas factíveis. Algumas, inclusive, já foram incorporadas à agenda de trabalho do poder público, como é o caso da redução no índice de desperdício na captação de água do município, que deverá atingir 20% em 2025.

“Estamos trabalhando junto a gestão municipal nas ações prioritárias para os próximos três anos e pretendemos engajar os futuros candidatos à prefeito e os vereados em nossa missão de tornar Piracicaba um município sustentável. Nas próximas eleições, vamos elaborar um programa em conjunto com a UNIMEP, ESALQ/USP e OAB, para assegurar a continuidade de nosso objetivo estratégico”, destaca Lazier.

É importante ressaltar que as ações propostas na Agenda 21 não se limitam à esfera do poder público municipal. Algumas são de responsabilidade de outros níveis de governo, do setor privado, das organizações e entidades de classe, instituições prestadoras de serviços à comunidade de Piracicaba, bem como a qualquer organização atuante no município. Elas são o resultado do exercício da democracia   participativa.

Sobre a Agenda 21: a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD, 1992) define a Agenda 21 como um instrumento de planejamento para a construção de sociedades sustentáveis, em diferentes bases geográficas, que concilia métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica. Trata-se de um processo participativo que alimenta o consenso e busca conciliar a necessidade de crescimento econômico com os ideais de justiça social e de conservação ao meio    ambiente.

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