Preço da Cesta Básica continua a subir

O preço médio da Cesta Básica de Piracicaba ICB – ESALQ/FEALQ, calculado pela EJEA, no mês de novembro, apresentou variação positiva de 1,51% em relação ao mês anterior, passando de R$ 409,22 para R$ 415,38. Esse valor praticamente iguala a maior marca do ano, atingida em fevereiro.

A categoria Alimentos apresentou variação positiva de 1,38%, passando de R$ 332,78 para R$ 337,36. A categoria Limpeza Doméstica manteve-se estável com variação de apenas 0,06%, passando de R$ 42,87 para R$ 42,89. A categoria Higiene também subiu,passando de R$ 33,57 para R$ 35,12, o que representa um aumento de 4,63%. Os produtos que apresentaram variações mais relevantes foram o alho, a salsicha e a carne de 1ª.

A variação do preço da Carne de 1ª foi de 7,23%, passando de R$ 17,42 para R$ 18,68 o quilo, atingindo a sua maior marca do ano Segundo Sindicato das Indústrias de Frigoríficos de MT (Sindifrigo/MT) a recuperação dos mercados importadores, principalmente o europeu, permitiu o aumento das exportações brasileira de carne bovina. Historicamente, o país nunca havia exportado tanta carne bovina no período entre janeiro e outubro, como em 2013, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Além disso, segundo o Sindifrigo/MT, a recuperação do câmbio contribui ainda mais para aumentar o volume de exportação.

O aumento da exportação diminui a oferta doméstica da carne provocando aumento dos preços nos supermercados e açougues. O varejo consegue repassar esses aumentos porque os consumidores continuam a comprar, principalmente por ser o período de maior consumo no ano, mantendo a demanda aquecida.

O preço da salsicha aumentou 10,50% no mês de novembro, passando de R$ 5,72/kg para R$ 6,32/kg. Este aumento está associado à alta dos preços da carne bovina e suína, principais insumos do produto. No caso dos suínos, segundo o CEPEA – ESALQ/USP, os preços foram impulsionados pela redução da oferta de animal para o abate. Em 2013, houve redução no número de animais usados como matrizes. Além disso, em razão dos preços baixos no primeiro semestre do ano, muitos suinocultores foram forçados a abater animais abaixo do peso ideal, para que pudessem cobrir seus custos. O resultado foi a redução na atual oferta de suínos disponível para abate, aumentando o preço de seus derivados, como a salsicha.

O aumento do alho foi de 14,78%, passando de R$ 1,98 para R$ 2,27/200g. Após tendência de queda durante o ano o seu preço voltou a subir. Segundo membros da ANAPA (Associação Nacional dos Produtores de Alho) houve queda de 60% na produção da Argentina, provocando aumento de preço. Ainda segundo a ANAPA, o clima frio e chuvoso durante o inverno favoreceu a safra, no entanto, o produto só deve chegar ao mercado em janeiro próximo.

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