SAC já tem selecionados e premiados da 48ª edição
O júri de Seleção e Premiação teve dois dias de trabalho intenso na semana passada para escolher as obras que farão parte do 48º SAC (Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba), além dos premiados desta edição, que será aberta em 30/09, na Pinacoteca Miguel Dutra. Foram inscritas 820 obras de 216 artistas, da cidade de São Paulo e de outras da região, e 51 trabalhos ao todo foram selecionados para exposição. O SAC é realizado pela Prefeitura de Piracicaba, por meio da Semac (Secretaria Municipal da Ação Cultural).
Foram premiados Eduardo Luiz de Freitas, com Puxadores de Tensão – I e II (Prêmio Aquisitivo Prefeitura Municipal de Piracicaba, leitura e análise de portfólio); Wesler Machado, com o vídeo A.02 (Prêmio Aquisitivo Câmara de Vereadores de Piracicaba e leitura e análise de portfólio); Marília Del Vecchio Nunes, com o tríptico Composição IV de Tijolos e Armário (Menções Especiais do Júri), e Luisa Callegari Mello, por Natureza Morta Tropical e Vianda (leitura e análise de portfólio).
O júri ficou sob a responsabilidade do crítico de arte Enock Sacramento, de Tadeu Chiarelli, presidente do Conselho de Orientação Artística da Pinacoteca do Estado de São Paulo, e do artista piracicabano e criador do SAC, Ermelindo Nardin.
Nascimento participou do júri do SAC pela terceira vez. “Foi um trabalho bastante rigoroso. Vimos uma coleção bastante interessante de artistas contemporâneos jovens e representativos que são promessas no gênero”, disse.
Sobre o número de obras – 51 – Chiarelli conta que houve um acordo tácito entre os jurados para não inflar o SAC, assim como a decisão de não dividir os prêmios entre os artistas. “Decidimos não dividir o prêmio para que os artistas invistam em suas carreiras, na compra de materiais, o que faz diferença no início da carreira”, contou. Sobre as obras, Chiarelli destacou alguns pontos fortes. “É muito visível nos trabalhos a preocupação com a cidade, com a arquitetura, o urbanismo, com a ruína. Há também os artistas que lidam com a questão do gênero, da mulher, da sexualidade e da memória. Essas seriam as tendências mais fortes”, adiantou.
Criador do SAC em 1967, Ermelindo Nardin, comemorou o sucesso da mostra. “É muito tempo. Deu certo já que por meio dele despontaram artistas que hoje estão no mercado. O SAC também serviu de inspiração para a criação de outros salões na região”, observou. Sobre esta edição, o artista destaca a qualidade dos trabalhos julgados. “Temos um salão de alto nível de linguagem contemporânea. A cada ano a transformação do SAC é para melhor, o que mostra que ele não é estático e se transforma”, ressaltou.
“Com o Salão de Belas Artes, o Salão Internacional de Humor, o Salão de Aquarelas, e com o SAC, a Semac abre espaço para artistas de diferentes vertentes, valorizando as diversas formas de arte. Esse é um dos nossos papéis”, ressalta a secretária da Ação Cultural, Rosângela Camolese, que agradece o trabalho das comissões organizadora e de seleção e premiação. “Eles trabalharam incansavelmente para que este fosse um salão de qualidade. Esperamos todos para apreciar as obras de 30 de setembro a 6 de novembro”, convida.
A comissão organizadora é formada por Sara Rodrigues Pinotti, presidente, e pelos artistas William Hussar, Alda Petersen, Nelson Nepomuceno e Osvair Peron.
SERVIÇO – 48º SAC (Salão de Arte Contemporânea) de Piracicaba. Abertura no dia 30/09, às 20h, na Pinacoteca Municipal Miguel Dutra, rua Moraes Barros, 233, Centro, Piracicaba. Visitação de segunda à sexta, das 8h às 17h. Sábados e domingos, das 14h às 18h. Até 06/11. Gratuito. Informações pelo telefone: 3433-4930.