Saúde alerta sobre criadouros da dengue

Preocupada com a chegada do período de chuvas e com a febre Chikungunya, que também é transmitida pelo Aedes aegypti, a Secretaria de Saúde de Piracicaba alerta que a população deve voltar sua atenção aos recipientes que podem acumular água, principais criadouros do mosquito da dengue.

Realizado em outubro pela secretaria, o LIRAa (Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti) apresentou Índice de Breteau (IB) – que avalia a infestação do mosquito transmissor – igual a 1,4. O número é o maior dos últimos cinco anos em Piracicaba.

Em 2010, o índice chegou a 1,2, caindo para 0,4 em 2011. Em 2012, o IB medido em outubro foi de 0,6, com discreta alta em 2013, quando chegou a 0,7. Apesar do Ministério da Saúde, da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelecerem que Índices de Breteau entre um e três trazem baixo risco de epidemia de dengue, a Secretaria de Saúde alerta para a importância da eliminação dos criadouros.

“Os ovos do mosquito duram até dois anos e os recipientes que acumulam água são os criadouros preferidos. Precisamos redobrar a atenção nesse período e não deixar nada que possa acumular água parada nos quintais”, alerta o secretário de Saúde, Pedro Mello.

Segundo Sebastião Amaral, o Tom, coordenador do PMCD (Programa Municipal de Combate à Dengue), os principais vilões em Piracicaba são pneus e pratos de planta. “Tivemos um período de estiagem prolongada, mas não houve interrupção no abastecimento e as pessoas continuaram a aguar suas plantas. O ideal é que a população elimine os pratos de planta para garantir que a água não permaneça nesses recipientes”, afirma.

A elevação do Índice de Breteau não tem ligação direta com o número de casos registrados no município, que apresentou 975 casos confirmados de dengue em 2011, 3.064 em 2012 e 2.787 em 2013. Este ano, até 30 de outubro, foram confirmados 924 casos da doença no município.

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