3 atitudes para conquistar independência financeira
Quem nunca pensou “Nessa idade, meus pais já tinham comprado o primeiro apartamento”? E você aí calculando com qual cartão de crédito deve pagar a balada da semana… Ei, calma. É bem provável mesmo que você ainda não tenha boa parte do que gostaria de ter nessa altura do campeonato. Mas não dá para dizer que não conquistou nada…
Os tempos são outros. E as prioridades também. Casar virou meta dos 30 e tantos, se aposentar só depois dos 70. É natural que a segurança financeira tenha ficado para um pouco mais tarde. Mas, mesmo que esteja vivendo as maiores aventuras da sua vida, já dá para traçar planos de longo prazo e eliminar alguns maus hábitos financeiros.
Confira as dicas:
1. Adequar seu estilo de vida ao seu salário
“Gosto de manter meu dinheiro onde posso ver. Pendurado no meu armário”, diz a consumista Carrie Bradshaw em um episódio de Sex and the City. É uma filosofia de vida glamourosa, mas arriscada. Gastar seu suado salário em compras que lhe dão prazer não é pecado. Você está certíssima em investir em viagens e/ou naquele par de sapatos bafo. O problema é quando o que sobra na conta não é suficiente para pagar todas as despesas e você volta e meia fica no negativo. Se todo mês rola um sufoco para equilibrar as finanças, não precisamos nem dizer que está fazendo algo errado.
Talvez até então você nem tenha parado para pensar qual é o estilo de vida que quer levar. Prefere investir dinheiro em viagens anuais? Quer se dar o direito de comprar um mimo todo mês? Ou o que deseja mesmo é gastar apenas o necessário e guardar grana para o futuro? Não existem respostas certas ou erradas. Mas com elas em mente fica mais fácil controlar outras áreas da sua vida. Por exemplo, sua carreira: “Quanto preciso ganhar para bancar meus desejos?” ou “Para viver do jeito que quero, devo batalhar por uma promoção”. Suas decisões financeiras facilitam na hora de tomar decisões profissionais. Será que vale a pena trabalhar mais e ganhar igualmente mais ou prefere um emprego com jornada reduzida e horas de lazer garantidas, mas com uma renda menor? Cada um sabe as suas prioridades. Agora, se escolher um estilo à la Carrie, talvez tenha que seguir o script da diva em tudo: mesmo com o closet cheio, a personagem precisou contar com uma ajuda da amiga Charlotte para comprar o próprio apartamento. Ou seja, curtir a vida não é errado, mas tem preço. Você está preparada para viver de aluguel por mais alguns (quem sabe muitos) anos?
2. Assumir um compromisso financeiro sem a ajuda da família
Morar na casa dos pais – algo comum nesse período da vida – ajuda a economizar uma boa grana. Mas ninguém quer passar a vida inteira dando satisfações. Cortar o cordão umbilical financeiro é um passo importante. E quase um fator insuperável para bombar sua autoestima. Mesmo sem muita segurança, agora é a hora de assumir parcelas para comprar um carro ou dar entrada em um imóvel. Não precisa ser O apê, aquele em que se imagina morando para sempre, amplo, confortável e no bairro mais incrível da cidade. Em vez de adiar esse passo por falta de grana, dá para optar por um imóvel pequeno, financiado, que não seja novo nem fique na melhor localização do mundo, mas que, mais pra frente, será a entrada para outro mais bacana. “Quanto mais cedo se preocupar em conquistar seus bens, mais fácil será administrar sua vida financeira”, diz o consultor e educador financeiro André Massaro, de São Paulo. O “tamanho” do investimento, em um momento inicial, pouco importa. O que vale mais é o efeito. Conquistar algo com seu esforço vai ajudá-la a traçar sonhos cada vez maiores e a evoluir sempre.
3. Guardar dinheiro para “se algo acontecer”
Só de tomar essa decisão, já estará à frente de muita gente. Uma pesquisa com 25 mil pessoas em 27 países feita pela Visa descobriu que as brasileiras estão em 18° lugar no ranking das mulheres com uma reserva para emergências. “O maior erro das pessoas é não se preocupar com o futuro”, diz o consultor financeiro Augusto Sabóia, de São Paulo. Especialistas recomendam que você economize de 20 a 30% da renda. Se você se apertar ou estiver encarando um financiamento, por exemplo, tente começar com 10% ou com uma previdência privada. Tanto faz o valor, desde que exista um. E, como guardar dinheiro só por guardar não costuma funcionar – quem resiste a ver o saldo bancário crescer sem gastar nada? -, pense em uma meta lá na frente. Crie uma reserva “chute o balde”, para quando quiser uma grande transformação na vida, uma espécie de “poupança para a felicidade”. Colocando seu lado racional em prática agora, daqui a uns anos dá para ser um pouco irracional – e, talvez, pedir demissão, viajar por seis meses, bancar seu MBA no exterior, abrir seu próprio negócio… Quem sabe quão surpreendente e sensacional pode ser o dia de amanhã?