Dificuldades que só as mulheres têm ao fazer networking

netowrking_mulher_350

Segundo pesquisa da consultoria Lee Hecht Harrison, feita nos Estados Unidos no ano passado, 63% dos profissionais conseguem mudar de emprego por causa da indicação de um conhecido. Mas outra pesquisa faz um alerta para as mulheres: segundo o GEM (Global Entrepreneurship Monitor), a mulher brasileira é uma das que menos faz networking.

Para Helena Ribeiro, CEO do Grupo EmpZ e mantenedora da Faculdade Esup, certificada CEO FGV, a maior participação feminina em eventos corporativos que envolvam negócios e network ainda é um desafio. “Vencer o constrangimento de ser minoria não é fácil, mas pode ser extremamente positivo e ser a grande oportunidade para mudar ou ascender na carreira, especialmente se a mulher pretende mudar de emprego ou conquistar uma nova posição dentro da empresa”, diz.

Segundo a CEO, a mulher por natureza é muito comunicativa, mas quando o assunto é negócio, ainda há uma barreira a ser superada. “Mesmo quando está em maioria, a mulher tem certa dificuldade e receio de tomar a iniciativa para se relacionar com seus prospects. É fácil para ela investir em networking? Não, não é. Mas é estratégico e preciso!”

Seja executiva, profissional em início de carreira ou prata da casa, independente do estágio em que se encontra em sua carreira, o mundo corporativo dela está cercado de gente, colegas de trabalho, fornecedores, clientes e parceiros. “É praticamente impossível estar nestes ambientes sem a necessidade de se relacionar com outras pessoas, mas as mulheres ainda são minoria. Está na hora de mudar essa realidade”, ressalta.

Para Helena, além de todas as barreiras, há uma dificuldade natural em disponibilizar agenda para eventos de network, onde o fator tempo impacta nas suas prioridades, primeiro porque exercem múltiplos papéis, executiva, mãe, mulher e a maior parte das responsabilidades com os cuidados com os filhos e com afazeres domésticos, desta forma a falta de tempo não lhes dá as mesmas condições que os homens para realizar o networking. 

Ainda segundo ela, apesar do crescimento do índice de mulheres no mundo do trabalho, o ambiente executivo ainda é muito dominado por homens, com regras do jogo muito masculinas, onde a cultura ainda estabelece que existam coisas de menino e de menina, que se estendem até a vida adulta. Não é por menos que muitas se sintam constrangidas com a situação. “Nesse ponto, o segredo é usar a adversidade a seu favor. A situação pode te dar mais segurança inclusive para enfrentar outros ambientes. As executivas brasileiras devem criar sua própria maneira de fazer networking, para reforçar as relações de negócios, e passar a usar de forma consciente e estruturada sua rede de relacionamento para que possam reverter em negócios ou mesmo em nova oportunidade de emprego”, finaliza.

Confira as dicas da especialista para ampliar e melhorar o networking

– Organize melhor seu tempo

– Participe de eventos corporativos

– Delegue tarefas de rotina no trabalho

– Conte com apoio de empregados e companheiros para a realização das tarefas domésticas

– Dividia com o pai os cuidados com os filhos.

Deixe uma resposta