Previsões para o setor imobiliário

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Após alguns anos de crescimento contínuo, o mercado imobiliário começa a apresentar sinais de desaceleração. Até junho deste ano, segundo a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), o preço médio do metro quadrado ficou abaixo da inflação, sendo o menor crescimento desde 2011.

 Apesar das liquidações promovidas pelas construtoras, os preços, em geral, não tiveram queda expressiva como alardeavam alguns economistas.

Ainda em relação aos preços, o número de lançamentos deve se ajustar ao ritmo de venda e assim eliminando o excesso de oferta e preção nos preços.

 A desaceleração não significa crise no setor e vários motivos explicam esse movimento. Primeiro porque o setor imobiliário experimentou um boom nos últimos anos onde, por exemplo, em 2013 o PIB do setorial apresentou um crescimento quase 7 vezes maior que o PIB nacional e é natural que exista um esfriamento de um mercado altamente aquecido. O fraco desempenho da economia como um todo, a copa do mundo e as incertezas das eleições, também contribuíram para frear os investimentos no setor.

 O déficit habitacional ainda alto faz com que as pessoas continuem comprando e recorrendo a financiamento imobiliário. Segundo a Caixa Econômica Federal, que é a maior fornecedora deste tipo de crédito, a projeção é que os financiamentos avançarão 22% este ano, com injeção de mais de 100 bilhões de reais ainda este ano.

Não se pode desvincular o setor imobiliário da economia como um todo, então, se a situação econômica do pais melhorar os imóveis tendem a acompanhar o ritmo, já se a situação piorar, o setor não repetirá os bons resultados dos últimos anos.

 

Paulo Augusto Grandi é especialista em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas e Bacharel em Administração de Empresas pela Universidade de Caxias do Sul. Atualmente está cursando Mestrado em Gestão de Negócios Internacionais pela Ohio University. É diretor da Semeq Inc, professor da FGV Management e Diretor da GForte Incorporações.

 

 

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