5 questões para responder antes de trocar de emprego

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Com o encerramento de mais um ano, muitos profissionais aproveitam para repensar a escolha da carreira ou iniciar um novo planejamento. Mas, para a professora da IBE-FGV, Rosa Perrella, antes de trocar de emprego, é necessário que o profissional faça uma análise da conjuntura, levando em consideração questões como momento econômico, possibilidades de promoção, relacionamento com o líder e propósito de vida.

Rosa Perrella é consultora em gestão de pessoas, especialista em desenvolvimento de lideranças e equipes, coach e mentora organizacional, professora e palestrante. Também é mestranda em Educação é Formada em Administração de Empresas, Pós Graduada em Gestão Empresarial com MBA em Desenvolvimento Humano de Gestores pela FGV.

Veja as perguntas e as recomendações da professora.

1 – Será que é o melhor momento econômico para mudar? 

O momento da economia é o melhor termômetro para o mercado de trabalho. Sair, sem ter um planejamento da carreira ou uma nova possibilidade em foco, pode ser arriscado para retornar. “Além disso, o profissional deve levar em conta que não vale a pena trocar seis por meia dúzia. É importante analisar o cenário para não se frustrar ainda mais, ao invés de se realizar”, analisa.

 

2 – Já esgotei todas as possibilidades internas, adquiri a experiência necessária e estou pronto para uma próxima?

Não é recomendável sair sem verificar as alternativas dentro da própria organização. Às vezes, o profissional está apenas cansado das atividades desenvolvidas na função e existem outras oportunidades na empresa, onde ele já está integrado, conhece a hierarquia, missão e valores, podendo desenvolver um novo trabalho com mais eficácia a curto prazo.

“Hoje, as novas gerações têm muita pressa. Mesmo que as empresas já entendam que não se deve ficar muito tempo na mesma função, pular de galho em galho não é legal”, diz.

3 – Será que fiz um bom trabalho e posso contar com a recomendação do meu líder ou da empresa?

As entrevistas dos processos seletivos diferem em alguns pontos, mas há sempre algumas perguntas clássicas. Algumas delas são sobre os resultados e desafios significativos nas experiência anteriores e os motivos da mudança. Por isso, o profissional deve estar certo de que pode contar com a aprovação de seus antigos chefes, antes de mudar.

O feedback, quando bem utilizado, tanto para quem dá quanto para quem recebe, é uma excelente ferramenta para desenvolvimento e ajustes de atitudes. Então, antes de sair, também converse com o líder, descubra o que ele pensa a seu respeito, conte sobre suas expectativas. “Não há nada mais eficaz do que a comunicação. Se você sair, sairá pelos móvitos certos. Se ficar, será valorizado pela honestidade e vontade de crescer”, aponta Rosa Perrella.

4 – Estou seguro de minha decisão e mesmo não dando certo, me manterei confiante?

Para a professora, muitos profissionais procuram fortalecer suas escolhas e analisá-las de forma mais profunda, com a ajuda de um profissional de coaching, processo que contribui para o desenvolvimento de competências e liberação de potencial. “Assim, se já esgotou todas as possibilidades e ainda não está certo de qual a melhor escolha a fazer, busque ajuda profissional”.

5 – Pensei com objetividade se esta mudança tem a ver com meu propósito de vida?

É importante analisar se não vai somente mudar de crachá e se esta nova oportunidade, que estão oferendo ou que esteja buscando, não será somente pontual. “Profissionais mais calmos e resilientes, que analisam as situações a longo prazo, poderão manejar melhor sua carreira do que os mais apressados e muito ansiosos”, conclui Rosa.

 

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