A nós descei, divina luz

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imagesTenho por norma de vida trilhar na sinceridade e no reto caminho. Se deles me afastei em alguns períodos, hoje me penitencio e entendo que temos esta dicotomia a nos reger. Não somos totalmente bons e nem totalmente maus. Nem anjos e nem demônios, mas criaturas frágeis, equilibrando-se na luta entre o Bem e o Mal.

 

Quem treinou seu espírito, abrindo-se à Luz Maior, identifica os sinais de uma batalha feroz. Estaremos mais seguros se pudermos manter acesa aquela tocha que clareia a escuridão. Que nunca se apague em nós o fogo da inteligência, da sabedoria e do amor.

 

A nós descei, divina luz. Que esteja permanentemente aceso o brilho da fé, da esperança e da coragem. Ousar com prudência, não importa em que tempo ou idade, é sempre salutar e revigorante. Prezo a ousadia, quero sentir-me viva e com o coração receptivo às coisas novas, ao debate das ideias, ao conhecimento. O saber me atrai de forma quase dolorosa. Aprender algo novo me faz sofrer. Minha alma se rende ante a grandeza das galáxias e das campinas, mares e ares, universo em flor.

 

Não se apague jamais esta luz bendita que nos guia dia e noite, sem cessar. Este facho precioso a nos indicar o rumo da nossa casa, do nosso trabalho, da nossa vida. Que atitude tomar, como agir, como proceder em determinadas situações, onde precisamos de razão, sentimento e espírito crítico.

 

Permaneça viva em nós a luz da acuidade mental, do equilíbrio e da prontidão. Guardiões e sentinelas de um tempo sombrio. Feliz de quem se sente conectado com a divina luz plena de revelações. Exista em nós a alegria de viver cada momento com determinação e verdadeiro empenho.

 

Perfeita alegria, meu caro frei Leão. Perfeita alegria. Se puderes perdoar. Felicidade do perdão concedido, pedido, praticado. Felicidade do dever cumprido, da casa arrumada ao coração cheio de paz, descansando na reta intenção. Convicção de ter dado o melhor de nós, em tudo e a todos, com a certeza de que ainda há muito a ser feito.

 

Não, o sonho não acabou. Que não se apague a nossa memória, as palavras, as paixões, os sonhos. Sejam iluminados os nossos desejos, as mais belas e íntimas inspirações, serenas ou loucas, tanto faz. Cada um conhece a própria história e carrega em si a capacidade de ser feliz.

 

Não se apague jamais em nós a vontade de abraçar, de dizer “eu amo você”, de estender nossas mãos para acolher o amigo distante. Chorar com os que choram e rir com os que riem.

 

Luz para combater a baleia azul, luz para combater as trevas. Para nos levar e nos trazer sãos e salvos à porta da nossa casa. Deus nos dê a necessária lucidez e que a Sua Palavra seja lâmpada para os nossos pés.

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