Amar – verbo da felicidade

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amor – verbo felicidadeAmor, um sentimento que não se explica. Por que nos apaixonamos por esta pessoa e não por aquela? As razões do coração são soberanas. Ignorar ou negar o sentimento também resulta em tristeza apenas. E, quando há desencontros, muita saudade…

No amor, vejo duas pessoas tentando o sublime encontro de almas, a carícia da felicidade rondando suas vidas, a realização amorosa se completando, a química maravilhosa, um sentido biológico que vai além de qualquer explicação. Dos olhares iniciais à perpetuação da espécie.

O encontro de dois corações será sempre motivo de grande celebração. Tema preferido dos poetas, o amor se mantém imbatível nas rimas da grande e imortal paixão. Sim, posto que é chama, será eterno enquanto dure. Vi meus pais se amarem um ao outro até o fim de suas vidas. Foram exemplo de um casamento cheio de companheirismo, respeito e profundo amor. À medida que ambos envelheciam mais se amavam.

Sim, há momentos de desespero no amor, concordo. A partida súbita de um dos pares, tragédia irreparável. Há brigas no amor, há separações,  incertezas, inseguranças, medo de não ser correspondido. E há tanta espera!… Conheço pessoas que passaram uma vida inteira esperando pelo amor. Estão lá, sentadas à beira do caminho.

Melhor não negar o amor, jamais. Sem medo dele. Nunca perder a alegria de viver por medo de amar. Amar é o verbo da felicidade. Amar faz o coração feliz e, se perdido, traz de volta o brilho aos olhos. Amar não deixa ninguém envelhecer. O amor rejuvenesce e devolve o frescor à face. Amar torna a pele bonita, os cabelos brilhantes e a alma leve. Há leveza no amor.  Não deve ser pesado e triste, ou não será amor.

O fim de um amor se cura com outro? Acredito que sim. O coração fará uma grata surpresa a quem se abre para a vida: não se ama apenas uma vez. Uma das mais belas descobertas da alma humana será a de que é possível amar de novo e que o coração é inesgotável nesta capacidade maravilhosa.

O amor propõe infinitas reflexões. Tentei, uma vez, enumerar cinco razões para amar. E me vi escrevendo dez, quinze, vinte. Deixei o texto de lado, porque ele dizia respeito somente a mim, era algo egocêntrico, cheio de subjetividade e, possivelmente, de valores um tanto radicais. Trato o amor de forma nobilíssima, supervalorizo sua essência divina e humana, dou ao amor um caráter que ele pode não ter. Não sei se todos ainda são românticos como eu. Da mesma forma como sou a última riponga, que ainda aprecia saia indiana, sandálias, pulseiras e colares, penso ser a última romântica neste mundo frio e calculista.

E que o amor seja a nossa salvação.

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