Coluna ContraPonto: Está tudo dominado
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Cada vez mais evidente que o problema não era o PT no poder. Que melhora na economia, que nada. Pura armação. A trama de convencimento da opinião pública por meio da mídia comprometida com algo tão obscuro, e que a sociedade sequer possa imaginar, é de fazer inveja à Joseph Goebbels, ministro da propaganda e da desinformação de Adolph Hitler; e de fazer escola planeta afora. Uma lavagem cerebral como nunca vista em nosso País foi posta em marcha. O objetivo parecia ser o alcance da operação Lava Jato. É o que os mais recentes fatos parecem demonstrar.
Mentira, entretanto, tem perna curta. Logo após o golpe que colocou Michel Temer na Presidência da República, foi vazada conversa gravada de um dos artífices do golpe e íntimo dele, o senador Romero Jucá(PMDB). Envolvido até o pescoço na Lava Jato, Jucá escancarara a armação ao disparar ardiloso plano para conter a Força Tarefa da operação Lava Jato: seria necessário tirar Dilma, colocar o Michel em seu lugar, envolvendo o exército para garantir a ordem, o Supremo e tudo num grande “acordão’, segundo palavras do peemedebista.
Operação Abafa Jato
Articulado pelo PSDB, a nomeação de Alexandre Moraes , logo após o golpe, para o ministério da Justiça – indicação de Geraldo “ Santo” Alckimim – parece ter sido uma das etapas para conter a Lava Jato. De imediato, com Moraes no ministério da Justiça (tornado chefe do chefe da Polícia Federal), parece terem surgidas as primeiras movimentações não repercutidas pela mídia: delegados da Lava Jato transferidos ou “promovidos” com a consequente “necessidade de deixarem” a Força Tarefa. Seria a operação esvaziamento em ação.
Depois, a indicação de correligionários e amigos de Temer envolvidos com a Lava Jato para ocuparem ministérios a fim de obterem foro privilegiado completa o quadro. O último fora Moreira “Angorá” Franco. Sem falar do misterioso silêncio sobre o caso da queda do avião que vitimou Teori Zavascki. Estranho silêncio; ou comprometedor silêncio?
Relações cavernosas
Os resistentes à Lava Jato contam no próprio STF com os préstimos de Gilmar Mendes, alvo de pedido de impeachment por tucanismo (ele é acusado de juiz das causas tucanas no STF) e hoje em dia conselheiro de Temer, com quem se encontra em noites de sábado e tardes de domingo e pega caronas aéreas, segundo a revista Carta Capital. Depois da deposição de Dilma Rousseff, Mendes mudou da água para o vinho. Virou crítico feroz da Lava Jato. Para ele, a relatoria dos processos deveria ficar com o substituto de Zavascki indicado por Temer para o Supremo (parece que sabia que seria Alexandre Moraes).
Pode-se inferir que, com mudanças na Polícia Federal e agora com um homem de confiança que ficará na mais alta corte de Justiça por décadas, a Lava Jato não vai dar nada mais a não ser repescar fatos de Lula, Dilma e do PT; que vão reanimar notícias de ódio contra estes e buscar fatos velhos travestidos de atuais. Tudo para desviar a atenção da opinião pública e fazer de conta que a Lava Jato não acabou. Lava cérebro.
Carneiros nas ruas
Enquanto isso, o patrocinado Movimento Brasil Livre, que de espontâneo só tem o apelido, e mais outros “movimentos espontâneos” vão continuar a fazer de conta que estão contra a corrupção; mas só de araque. Assim como a televisão da família Marinho (Globo), a de Edir Macedo (Record)e de certas revistas e emissoras de rádio (que enojam o jornalismo honesto). Não agirão para colocar o povo nas ruas para protestar. Vão se dizer contra a corrupção, mas não agirão para colocar os carneiros humanos do Brasil nas ruas. Sabem que a sociedade precisa de um comando da mídia. Logo, as suas ações deverão ser em outra direção. Poderão entreter a sociedade com brinquedinhos de ódio ou de alienação; poderão instigá-los a agir contra qualquer coisa; ou se conformarem. Poderão não dar sinais de comando algum no sentido de tirar os corruptos do poder; poderão preferir incitar o ódio contra o lulopetismo e fazer de conta que o resto está tudo em “ordem e progresso”.
O alvo é Lula
Paralelamente, toda vez que Lula aparecer em primeiro nas pesquisas, e baseado nos fatos passados, pode-se pensar que os chefes da Operação Lava Jato dispararão contra o “perigoso” lulopetismo. E ali estarão as centrais de boatos profissionais e patrocinadas prontas para difundir difamação e calúnia; a dar repercussão, como já visto antes. No conjunto da obra, a mídia comprometida com a farsa e com a operação “Abafa” da Lava Jato montam esquemas e esquemas para levar a opinião pública para onde quiserem. Está tudo dominado. Estamos diante do maior descaramento da história do Brasil. Parece claro quem manda no País. E quem obedece: consciente ou subliminarmente.
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TÁ EXPLICADO
O Ministério Público Federal pediu fechamento de rádio ligada a Aécio Neves que, enquanto senador, o presidente do PSDB foi dono de 44% da Jovem Pan FM de Belo Horizonte, situação proibida pela Constituição. Aécio transferiu essas ações no ano passado para sua irmã Andréa Neves da Cunha por 88 mil reais.
Fica, assim, explicado o porquê – ao que se pode interpretar – da enorme difusão de ódio e propaganda negativa contra o Partido dos Trabalhadores (feroz adversário de Aécio e dos tucanos); e da difamação contra Lula pela Jovem Pan. Não é surpresa, além disso, o aparente endeusamento do senador mineiro pela emissora e blindagem praticada em seus noticiários em relação ao seu envolvimento em delações na Lava Jato. Parece tudo muito silenciado. O leitor pode conferir se é fato ou convicção.
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Convicções
Na épica partida de quarta-feira entre Corinthians e Palmeiras pelo Campeonato Paulista de Futebol da Primeira Divisão, o árbitro Tiago Eduardo Peixoto expulsou -num erro clamoroso – jogador do Corinthians que sequer participou de jogada da falta que originou a sua expulsão de campo. O árbitro, sem humildade alguma, declarou que a expulsão se deu por convicção dele (apesar de todas as imagens e provas em contrário). Estaríamos vivendo, em todos os setores da sociedade, uma estranha ditadura das convicções? De onde vem essa escola? “Não tenho provas, mas tenho convicção”, pegou.
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Frase de hoje: “A força de vontade humana só deve ser exercida em subordinação à Verdade; senão, ela falseará o julgamento e libertará as pretensões mais baixas”.(Mary Baker Eddy, idealizadora do Christian Science)
NOTA: Vem aí o impeachment do Temer. A demissão de Serra do governo e algumas movimentações de rua para o próximo domingo não são coincidências.