Crise educacional

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Madame-Hyde_2017

Foto: Reprodução Google

E quem disse que a crise da educação ocorre só no Brasil? Ledo engano. Basta assistir ao filme francês ‘Madame Hyde’, dirigido por Serge Bozon, para verificar que os múltiplos questionamentos que recaem sobre métodos de professores e disciplina de alunos se espalham pelo mundo.

E com que força! A protagonista do filme, vivida com a competência habitual por Isabelle Huppert, mostra, desde o início, que seus métodos didáticos e pedagógicos estão superados para enfrentar o desafio de lecionar Física no ensino médio para alunos de origem árabe e africana conectados entre si e com o mundo por novas tecnologias.

Tudo muda quando ela ganha misteriosamente poderes divinos que a levam a se posicionar de uma nova maneira em sala de aula. Passa a receber assim o respeito de todos, mas esse bônus trará o ônus de perder novamente o controle da situação ao lidar com um aluno que sofre bullying por ter uma deficiência física.

O filme é uma excelente maneira de discutir a necessidade de repensar a educação como um todo. Um sistema lento e pesado, docentes desatualizados e alunos desmotivados constitui um trinômio que parece engolir a todos sem distinção. Obras como esta, com humor e leveza, mas sem fugir dos problemas, são um alento.

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