Defesa dos direitos individuais

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littlepinkhouse

Foto: Reprodução Google

Grandes derrotas podem ser imensas vitórias. Essa máxima que pode parecer originária de um livro de autoajuda, ilustra bem o filme ‘Little Pink House’. Dirigido por Courtney Balaker, conta a história verídica de Susette Kelo, que moveu um processo na área de direitos civis contra a cidade de New London, nos EUA.

O impressionante é que, mesmo derrotada na Suprema Corte, a enfermeira ganhou destaque internacional por ter levantado questões que se tornaram um paradigma pela defesa dos direitos individuais perante os públicos, principalmente em questões controversas.

O eixo do filme é que um alegado benefício para a maioria pode alterar drasticamente a vida de indivíduos. Esse questionamento levou Kelo a ser involuntariamente líder de um grupo de humildes moradores de simples casas (daí o título do filme) localizadas em uma área que o governo local cedeu para erguer uma fábrica.

O argumento governamental é que a empresa traria riqueza para o município. A polêmica decisão da Suprema Corte por 5-4 foi uma derrota, mas despertou um sentimento de revolta nos mais variados espectros políticos e resultou em reformas em diversas localidades americanas de proteção a cidadãos em situações semelhantes.

O mais curioso é que a fábrica fechou rapidamente e o progresso esperado não chegou até hoje. O drama pessoal e público da enfermeira, nesse contexto, comove sem pieguice e, com grande atualidade, motiva infinitas reflexões sobre esses elos entre o que cada um deseja para si mesmo e o que pode/deve ser sacrificado pela coletividade.

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