A grave questão dos animais abandonados

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Consta que o Cemitério da Saudade será monitorado por câmeras, para se coibir abandonos de animais no local. Ótimo! Mas tal problemática não é exclusiva daquela parte da cidade. A situação desses bichos está fora de controle em Piracicaba, infelizmente. Falando-se em felinos especificamente, há vários núcleos onde os gatos dependem somente da bondade de almas gentis que os tratam, com muitas dificuldades e entraves aliás, colocados por pessoas de almas bem menos solidárias e bondosas, sejam elas outros cidadãos ou administradores dos lugares.

Há gatos abandonados no Engenho Central, na ESALQ, no Aeroporto, no cemitério, na área de lazer da Rua do Porto. Ajudo a cuidar dos felinos deste último local; e isso não é nada fácil. E é um fato: alimentá-los, vaciná-los e castrá-los é obrigação do poder público. São animais domésticos. Precisam do apoio e do tutoramento humanos! Há quem diga que basta não alimentá-los, não lhes dar água, etc… e eles não existirão ali. Isso seria matá-los à míngua. Não é proposta digna.

Faz tempo, mais de um ano, que solicito castrações para as fêmeas do parque da Rua do Porto. Dr. Paulo, do Departamento de Zoonoses, foi especialmente atencioso inclusive, e Dra Eliane enfim nos contatou. Mas tampouco conseguem eles fazer nada, pois não têm estrutura física mínima para lá manter os animais durante um pequeno período, mesmo por poucos dias de pós- operatório. E os “protetores independentes”, com outros animais em casa, não têm condições de lidar com os ariscos e tímidos felinos, nem treinamento para fazê-lo. Então o impasse está configurado. Nada acontece de resolutivo, e os bichinhos reproduzem-se descontroladamente.

O poder público precisa se organizar e atuar melhor. Várias secretarias devem se unir para resolução dos problemas. Fica como sugestão que a Prefeitura Municipal solicite apoio de quem conhece bem os citados núcleos da cidade. Poderia ser o do biólogo Moisés Perecin, perfeito para tal assessoria.

Finalmente deixo um pedido ao vereador Paulo Camolesi, no qual votei e em quem confio, para que abrace esta questão da melhor e mais eficaz forma possível, pois esses animais precisam de apoio, e os que os protegem também.

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